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SNS. BE quer discutir "problemas estruturais" no Parlamento

07 dez, 2023 - 09:03 • Lusa

O Bloco de Esquerda agendou para esta quinta-feira um debate parlamentar para confrontar o Governo e exigir responsabilização.

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A deputada do Bloco de Esquerda (BE) Isabel Pires quer confrontar o Governo esta quinta-feira com os problemas estruturais do SNS, manifestando que o acordo feito com um dos sindicatos não resolve a dependência das horas extraordinárias dos médicos.

Em declarações à agência Lusa, adianta o objetivo do partido com a interpelação ao Governo, agendada para esta tarde no plenário do parlamento: "resolver o impasse nas negociações com os profissionais de saúde e os problemas estruturais que o SNS atravessa".

Questionada sobre o facto de o Governo ter chegado a um "acordo intercalar" com o Sindicato Independente dos Médicos, que foi rejeitado pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM), Isabel Pires considerou que este tema continua a fazer sentido até porque apenas se chegou a acordo com uma parte dos representantes dos médicos.

BE defende que o problema "acaba por não ser resolvido" devido ao facto de o "SNS estar absolutamente dependente neste momento de muitas horas extraordinárias".

"E, obviamente, exigir a responsabilização e as soluções que nós temos vindo a apresentar que ajudariam a resolver uma parte muito significativa destes problemas, mas que o Governo tem sido intransigente nessa matéria", acrescentou.

A deputada bloquista acusou ainda o Governo de "anunciar vários números para dizer que afinal está tudo muito bem com o SNS" que depois não têm relação com a realidade, porque os problemas continuam a existir - desde logo haver 1,7 milhões de pessoas sem médico de família ou existirem várias dezenas de urgências encerradas.

"Os problemas continuam e é impossível o Governo continuar a negar que esses problemas existem e por aí negar essas soluções", criticou.

Para Isabel Pires, o facto de o Governo estar prestes a entrar em gestão não constitui qualquer entrave à resolução dos problemas e é imperativa uma "responsabilização política".

"É importante para percebermos com que é que podemos contar a nível de Serviço Nacional de Saúde daqui para a frente", salienta.

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