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Aeroporto. Pedro Nuno Santos critica PSD em relação à criação de um grupo de trabalho

08 dez, 2023 - 00:29 • Lusa

O antigo ministro das Infraestruturas considera que Portugal "padece" de um problema, que passa pela "incapacidade de decidir" e de "atrasar e arrastar os pés", sublinhando que esta situação não se passa apenas em relação ao novo aeroporto.

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O candidato à liderança do PS Pedro Nuno Santos criticou esta quinta-feira o PSD por defender a criação de um grupo de trabalho sobre a localização do novo aeroporto, acusando ainda os sociais-democratas de "não serem confiáveis".

"Cinquenta anos depois de termos começado a fazer os primeiros estudos, problema grave nacional, aliás, o PSD não satisfeito com os cinquenta anos, de ter-se estudado 19 localizações como uma comissão técnica independente que produz um relatório, o que é que o PSD tem para dizer: nós vamos fazer um grupo de trabalho para estudar as conclusões da comissão técnica independente", criticou.

Pedro Nuno Santos falava na quinta-feira à noite, no Centro de Congressos da Câmara de Portalegre, onde participou num encontro com militantes e simpatizantes daquele distrito alentejano.

O antigo ministro das Infraestruturas considera que Portugal "padece" de um problema, que passa pela "incapacidade de decidir" e de "atrasar e arrastar os pés", sublinhando que esta situação não se passa apenas em relação ao novo aeroporto.

O ex-governante acusou ainda o PSD de ter "um problema de credibilidade" e de "não serem confiáveis" para com os reformados, "desatando a fazer promessas" nos últimos tempos junto desse eleitorado.

"Desesperados com as eleições de 10 de março, começaram, desataram a fazer promessas, tentaram fazer promessas aos cidadãos que pior trataram em todos os seus governos, aos pensionistas. O PSD tem um grave problema quando se dirige aqueles que trabalharam uma vida inteira e estão hoje na reforma, tem um problema de credibilidade, não são confiáveis", disse.

O candidato socialista sublinhou ainda que o conceito de reformas estruturais no Estado para a direita "não é igual" à forma como o PS desenvolve esse trabalho, porque as reformas para a direita "tem de doer" aos portugueses.

"Eles quando falam de reformas falam de uma coisa diferente da nossa, falam de reformas estruturais...reforma que é reforma para a direita tem de doer, para eles reformar é liberalizar, desregular, privatizar", acusou.

Às eleições diretas socialistas de 15 e 16 de dezembro apresentaram-se três candidatos, Pedro Nuno Santos, José Luís Carneiro e Daniel Adrião.

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