20 dez, 2023 - 18:59 • Manuela Pires , Miguel Marques Ribeiro
O líder parlamentar do Partido Social-Democrata, Miranda Sarmento, considerou esta quarta-feira que o Partido Socialista mantem a estratégia de rolo compressor da maioria absoluta, apesar de ter mudado de líder.
“O Partido Socialista pode ter mudado de liderança de secretário-geral, mas aparentemente não mudou de forma de estar no Parlamento”, declarou.
As afirmações do deputado social-democrata surgem na sequência do chumbo por parte do PS de diversas audições solicitadas pelos partidos de direita.
“A maioria absoluta continua a ser um rolo compressor e continua a chumbar aquilo que são as audições necessárias para que o Governo e outras entidades possam esclarecer os portugueses dos vários problemas que existem”, referiu Miranda Sarmento.
Esta manhã, o PS chumbou na comissão de saúde, as audições ao filho do Presidente da República, Nuno Rebelo de Sousa, a Marta Temido e Lacerda Sales (pedidas pela Iniciativa Liberal) e também aos pais das gémeas brasileiras (audição que foi tentada pelo Chega).
Apesar dos sociais-democratas não terem apresentado qualquer pedido sobre o caso das gémeas, Miranda Sarmento diz que o PSD apoiava estas audições.
As idas ao Parlamento do ministro da administração interna e do ex-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, feitas pelo PSD, também foram recusadas.
“Propusemos a audição nestes dois temas [imigração e Santa Casa da Misericórdia]. O tema da gêmeas foi proposto por outro partido, mas também estávamos disponíveis para que aquelas pessoas viessem ao Parlamento esclarecer esse tema".
Sobre a Santa casa da misericórdia, o PSD apresentou um pedido potestativo para forçar a audição da ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho.
Também na manhã desta quarta-feira, um requerimento do PSD foi aprovado por unanimidade, na comissão de saúde, para ouvir com urgência no Parlamento o ministro da saúde sobre o acesso dos emigrantes ao Sistema Nacional de Saúde.
“Quer a imigração quer a Santa Casa são problemas estruturais do país que merecem uma resposta por parte do Governo. São problemas gravíssimos que afetam a vida de todos os portugueses”, concluiu Miranda Sarmento.