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Caso das gémeas

Marcelo diz que filho "não conseguiu chegar onde queria através da Presidência"

24 dez, 2023 - 17:24 • Ricardo Vieira

Citando uma sondagem. Marcelo Rebelo de Sousa salienta que, apesar da polémica em torno do caso das gémeas e da crise política, uma larga maioria dos portugueses confia no Presidente da República.

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Nuno Rebelo de Sousa pediu uma audiência com o então secretário de Estado da Saúde, Lacerda Sales, sobre o caso das gémeas luso-brasileiras porque não conseguiu chegar onde queria através da Presidência da República, afirmou este domingo Marcelo Rebelo de Sousa.

Em declarações à SIC Notícias, durante uma visita ao Barreiro, para a tradicional ginjinha de Natal, o Presidente da República garantiu que não sabia da reunião entre o seu filho Nuno Rebelo de Sousa e Lacerda Sales.

"Eu acompanhei estas últimas notícias desta semana e penso que ficam claro três coisas: a primeira é que quem organizou esse encontro, essa audiência, essa conversa, fê-lo porque não conseguiu chegar onde queria por outro caminho, que era através do Presidente e da Presidência da República. Por isso, é que foi tentar a seguir outra coisa."

O Presidente da República garante que se tivesse sabido do encontro na altura, em 2019, teria atuado.

"A segunda conclusão é que só agora é que se sabe disso. Passaram quatro anos e tal. Eu e os portugueses só soubemos disso agora. E tenho pena de não ter sabido há quatro anos, porque era nessa altura que eu devia ter sabido, não nesta altura. Mas isso diz respeito às relações pessoais e é evidente que pessoalmente retiro as conclusões de não me ter sido dito que devia ter sido dito, que me permitia intervir para que não tivesse acontecido o que aconteceu."

Marcelo Rebelo de Sousa salientou que, apesar da polémica em torno do caso das gémeas e da crise política, uma larga maioria dos portugueses confiam no Presidente.

"Porque estamos em Natal, não podem ser só notícias menos boas, é que os portugueses estão firmes. A sondagem que acabou de sair mostra que 65% mantêm a confiança no Presidente. Não trocam o conhecimento do Presidente de há 20 ou 30 anos por dois ou três meses em que tem havido crise política e de muitas notícias e informações contrárias ao Presidente. Isso é uma consolação que eu registo", sublinhou.

Questionado se já falou com o filho, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Quem tem de falar não sou eu. Quem tem de falar e há quatro anos e meio não sou eu. Quem tem de falar é que tem de falar”.

"Eleições permitem traçar o destino nos próximos anos"

O Presidente da República perspetivou também o próximo ano político, que vai ser marcado por eleições legislativas, europeias e regionais nos Açores, além das presidenciais nos Estados Unidos.

Marcelo Rebelo de Sousa considera que em jogo vai estar a possibilidade de traçar o rumo nos próximos anos.

"Temos três eleições todas importantes. A primeira é nos Açores, depois há um mês a seguir a eleições legislativas, muito importantes para Portugal, que permitem traçar o destino nos próximos anos. Depois temos uma que há quem não leve muito a sério, que são as europeias, mas é um erro, porque depois queixamo-nos da Europa e do estado em que está a Europa e a Europa acaba por ter que ver com a nossa vida. As eleições de 2024 vão decidir muito sobre a paz, a guerra, a economia, a crise económica e social. Vamos ver se o balanço de 2024 é melhor", declarou.

Marcelo Rebelo de Sousa diz que nesta ginjinha de Natal vai brindar à paz, para que a situação económica possa melhorar no próximo ano.

“Este ano vou brindar à paz, acho que é a coisa mais importante do mundo. Porque se não tivermos paz teremos crise económica e financeira constante no mundo, na Europa, em Portugal. Se avançarmos para a paz na Ucrânia e no Médio Oriente pode ser que isso finalmente leve a que não haja mais inflação, mais problemas de juros no crédito à habitação, pelo menos como tem havido. E que seja possível a economia crescer. Não é possível a Europa arrancar com economias como a alemã que não estão a crescer. Se não crescem, não servem de locomotiva da Europa", sublinhou.

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