27 dez, 2023 - 16:21 • Diogo Camilo e Lusa
Os adversários políticos de Odete Santos recordam o “profundo contributo” da antiga deputada e dirigente comunista na construção da democracia e o seu “respeito intelectual único”.
Em reação à morte, aos 82 anos, o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, lamentou a morte da “destacada deputada” comunista.
“Lamento a morte de Odete Santos, que foi uma destacada deputada à Assembleia da República em várias legislaturas. Apresento condolências à sua família e ao Grupo Parlamentar do PCP”, lê-se na conta oficial da segunda figura institucional do Estado na rede ‘X’ (antigo Twitter).
Também o presidente do PSD, Luís Montenegro, manifestou o seu pesar pela morte da antiga deputada do PCP Odete Santos, lembrando que tiveram diferenças de opinião, “mas envolvidas num respeito intelectual e político únicos”.
Numa mensagem na rede social X (antigo Twitter), Montenegro apresenta condolências ao PCP e à família da antiga deputada e dirigente comunista, cuja morte aos 82 anos foi anunciada pelo Secretariado do Comité Central do PCP.
“Partilhei com ela centenas de horas de trabalho legislativo, carregadas de diferenças de opinião mas envolvidas num respeito intelectual e político únicos. A democracia é isso: Convicção e Tolerância”, defendeu Montenegro.
Ana Catarina Mendes, ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, também recordou o seu “profundo contributo” para a “construção da democracia”.
A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares lamentou hoje a morte da antiga deputada do PCP Odete Santos e recordou o seu “profundo contributo” para a “construção da democracia”.
Numa nota de pesar enviada à comunicação social, refere que “foi com profunda tristeza que soube do falecimento de Odete Santos”.
“Enquanto ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, é incontornável recordar hoje o profundo contributo de Odete Santos para a construção da democracia e o brilhante papel que desempenhou enquanto deputada à Assembleia da República durante quase três décadas”, afirmou.
Ana Catarina Mendes lembra a antiga dirigente comunista como “uma incansável lutadora não só pelos direitos dos trabalhadores, como sobretudo pela igualdade de género e pelos direitos das mulheres em Portugal”.
“Recordo hoje com orgulho as batalhas em que tive a sorte de a acompanhar, como foram os casos da aprovação das uniões de facto a casais do mesmo sexo ou pelo direito à interrupção voluntária da gravidez”, acrescentou.
Manifestando o seu profundo pesar à família, amigos mais próximos e ao PCP, Ana Catarina Santos considera que Portugal se despede hoje de “uma mulher extraordinária, de fino humor e de uma enorme inteligência”.
O PS também deixou uma nota sobre o falecimento de Odete Santos, destacando-a como uma “histórica militante” do PCP que se manifestou “desde cedo” contra a ditadura do Estado Novo.
“Deixou-nos os testemunhos do seu empenho, da sua inteligência, da sua coragem e da coerência de princípios e de ação com a qual guiou a sua participação na vida política nacional”, refere o partido.