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Montenegro diz que lei impõe despacho das Finanças e da tutela para ações dos CTT

04 jan, 2024 - 23:32 • Lusa

O líder do PSD lembrou que a privatização foi "imposta" por um memorando de entendimento que o PS subscreveu e instou o Governo a explicar o porquê da aquisição das ações, em 2021.

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O líder do PSD, Luís Montenegro, afirmou hoje que a aquisição de ações dos CTT pela Parpública carecia, por lei, da autorização por despacho conjunto do ministro das Finanças e do ministro da tutela, que à data era Pedro Nuno Santos.

"O ministro das Infraestruturas autorizou? Não autorizou? Vai-se lembrar nos próximos dias que autorizou ou vai-se lembrar nos próximos dias que não autorizou e, portanto, vai reconhecer que há aqui uma ilegalidade dentro do governo?", questionou.

Em Braga, na abertura de um Conselho Nacional convocado expressamente para aprovar a coligação pré-eleitoral entre PSD, CDS-PP e PPM, Montenegro disse ainda que aquela aquisição "foi feita à socapa, para satisfazer um negócio político no Parlamento".

Hoje, Pedro Nuno Santos afirmou que acompanhou e concordou com a aquisição de 0,24% das ações pelo Estado, mas sublinhou que não conduziu o processo.

Criticou também a privatização dos CTT, feita por um Governo do PSD.

Para Montenegro, esta crítica revela "desfaçatez política e, até, atrevimento".

O líder do PSD lembrou que a privatização foi "imposta" por um memorando de entendimento que o PS subscreveu e instou o Governo a explicar o porquê da aquisição das ações, em 2021.

"Será um processo de nacionalização crescente?", referiu.

Para Montenegro, a compra das ações "foi feita à socapa, para satisfazer um negócio político no Parlamento com os partidos da extrema-esquerda".

O líder do PSD disse que a privatização não foi "assim um negócio tão mau", lembrando que o Estado arrecadou cerca de 900 milhões de euros com o processo.

"É quase o dobro da valorização bolsista da companhia hoje", frisou.

Para o líder do PSD, este processo da compra de ações é sintomático da forma de fazer política de Pedro Nuno Santos.

"Portugal precisa de sentido de responsabilidade, Portugal precisa de moderação, Portugal precisa de ambição e de capacidade de decisão", afirmou.

Mas "a capacidade de decisão não se mede pela impulsividade de quem acorda um dia e pensa uma coisa e acorda no outro e pensa uma coisa contrária", acrescentou.

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