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PSD. Privatização dos CTT estava no memorando da troika assinado pelo PS

04 jan, 2024 - 17:50 • Manuela Pires com Lusa

Joaquim Miranda Sarmento responde a Pedro Nuno Santos.

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O líder parlamentar do PSD relembrou, esta quinta-feira, Pedro Nuno Santos que a privatização dos CTT estava no memorando da troika, assinado pelo Governo socialista.

Joaquim Miranda Sarmento falava ao plenário, durante o debate do PCP sobre a degradação do poder de compra, e decidiu responder a Pedro Nuno Santos que, também esta tarde, havia dito que a privatização dos CTT tinha sido "desastrosa" e que o "PSD devia era pedir desculpas pelo processo de privatização em vez de estar preocupado com ações".

"O secretário-geral do PS está lá fora em conferência de imprensa, depois de ontem ter fugido aos jornalistas dizendo que não tinha dado instruções...", começa por dizer. "Fica claro que ontem o spin do PS ainda não estava preparado. Está hoje a dizer que, afinal, sabia", adianta.

"Provavelmente consultou o seu WhatsApp e descobriu que, afinal, tinha sido informado. Mas o secretário-geral do PS, no spin que o PS preparou de ontem para hoje, já veio atacar a privatização, a mesma privatização que estava no memorando da troika, que os senhores assinaram", refere.

Compra de ações dos CTT mostra que Pedro Nuno é "absolutamente inapto" para primeiro-ministro

O líder do Chega considerou hoje que o caso da compra de ações dos CTT pela Parpública mostra que o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, é "absolutamente inapto" para ser primeiro-ministro.
"Isto volta a mostrar que o Governo que tivemos, e que agora vai cessar funções, não é um Governo de confiança, mas sobretudo mostra que Pedro Nuno Santos não é um líder de confiança e que é absolutamente inapto para a tarefa de ser primeiro-ministro", disse André Ventura à chegada à Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP), no Porto.
Segundo Ventura, as declarações de Pedro Nuno Santos, que esta tarde afirmou que como ministro das Infraestruturas sabia e concordou com a compra de ações dos CTT, mas não conduziu o processo, só ajudaram a agudizar ainda mais a falta de transparência em que está envolto o negócio.
Além de Pedro Nuno Santos, o presidente do Chega criticou também as explicações dadas pelo primeiro-ministro, António Costa, de que a compra de ações foi feita "por cautela" e para assegurar a prossecução da operação do serviço público, antes da renovação da concessão.
"Ora, isto é um primeiro-ministro a assumir que decidiu esconder um negócio por razões de natureza económica. Eu recordo que, por exemplo, os relatórios da Parpública não têm esta compra de ações e, portanto, podemos concluir esta tarde que houve uma manobra de António Costa e de Pedro Nuno Santos, porque era quem tutelava esta área, para esconder esta realidade e isto é muito grave", salientou.
O Jornal Económico noticiou na quarta-feira que o anterior Governo, sem o divulgar, instruiu a Parpública a comprar ações dos CTT através de um despacho do então ministro das Finanças, João Leão.
No parlamento, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, negou ter dado orientações ao Ministério das Finanças ou à Parpública para a compra de ações dos CTT, enquanto ministro das Infraestruturas, e remeteu explicações sobre esta matéria para o Governo.
Em comunicado, a Parpública defendeu que "a compra de ações dos CTT, realizada até outubro de 2021, ocorreu no cumprimento dos requisitos legais", referindo que foi feita por despacho do ministro das Finanças da altura, João Leão, e com parecer prévio da UTAM - Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Público Empresarial.

[Notícia atualizada às 18h19 de 4 de janeiro de 2024]

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