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24.º Congresso do PS

Marta Temido. Resposta aos que "tentam minar a democracia" é "mais democracia"

05 jan, 2024 - 20:21 • João Pedro Quesado

A presidente da concelhia socialista de Lisboa foi a primeira falar, e aproveitou para criticar o mandato de Carlos Moedas na autarquia da capital. Do outro lado da moeda está a governação socialista, que a ex-ministra diz ser reconhecida pelos portugueses.

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Marta Temido considera que a resposta "às forças que tentam minar a democracia" só pode ser "mais democracia". Na primeira intervenção no 24.º Congresso Nacional do Partido Socialista, a líder do PS Lisboa apontou ainda a mira à governação de direita na capital, e colocou Pedro Nuno Santos como a "continuidade" do trabalho dos socialistas desde Mário Soares.

Falando dos combates políticos "importantes" para o futuro, a ex-ministra da Saúde começou por referir as "forças que tentam minar a democracia, nomeadamente com a arma dos populismos".

"A resposta aos que se alimentam de estimular os antagonismos, em ver em cada um dos outros um inimigo, não pode ser o medo. Só há mesmo uma resposta para aqueles que se opõem à democracia, e essa resposta é mais democracia", exclamou Marta Temido perante um pavilhão repleto de delegados, mas ainda sem militantes a assistir.

A líder da concelhia lisboeta também apontou a necessidade de “políticas públicas que continuem a melhorar a resposta do Estado Social às expectativas crescentes”.

Para Marta Temido, a “relação de confiança entre os cidadãos e o Estado” exige do PS “a continuação da resolução dos estrangulamentos com que a administração pública se debate”. Entre esses “estrangulamentos”, a socialista coloca “tensão entre a transparência e a eficiência no funcionamento da máquina do Estado”, assim como “o constrangimento da captura desse mesmo estado por algumas entidades”.

Lisboa é exemplo do “triste efeito” da direita

Dando as boas-vindas aos socialistas a Lisboa, a atual deputada afirmou que a capital é o sítio “onde a governação autárquica do Partido Socialista gravou a marca de políticas progressistas e de uma visão humanista”.

Em contraste, Marta Temido considera que a atual Lisboa “revela hoje, na evidente degradação do seu funcionamento, o triste efeito da governação de direita”. Mais: a capital governada por Carlos Moedas “espelha bem a curteza dos propósitos dessa governação, que afirma pretender fazer no país o que diz ter feito na capital: derrotar o socialismo”.

A ex-ministra da Saúde elogiou, depois, a governação de António Costa, que “ficará como uma marca inconfundível da governação do PS, que os portugueses reconhecem”.

“Os portugueses reconhecem que o governo do PS trouxe ao país ganhos fundamentais no desenvolvimento económico e social, no crescimento do trabalho e dos rendimentos, no combate às desigualdades, mas também no empenho internacional perante as duras e difíceis circunstâncias dos nossos dias”, exaltou Marta Temido, antes de agradecer ao ainda primeiro-ministro.

E Pedro Nuno Santos? A líder do PS em Lisboa acredita que “dará continuidade ao trabalho e conquistas dos secretários-gerais que no passado mereceram a escolha e a confiança dos militantes”. Mário Soares, Jorge Sampaio e António Guterres são a bitola de comparação do novo líder do PS.

[notícia atualizada às 21h11]

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