06 jan, 2024 - 17:59 • João Pedro Quesado
Fernando Medina avisou os socialistas que a direita vai repetir uma “estratégia de casos” e de ataque pessoal, porque “não tem rigorosamente nada a dizer de bom”. O ministro das Finanças defendeu ainda o trabalho feito nas finanças públicas, que é “o futuro”.
O economista declarou que o PS tem “uma batalha pela frente”, que será “uma batalha muito dura e muito exigente”. A razão é a “estratégia de casos” que “a nossa direita procurará repetir”, focada em “ataques de natureza pessoal”, que são uma tentativa de “desqualificar os líderes do Partido Socialista e, em especial, o nosso secretário-geral”.
Referindo a intervenção anterior, de Manuel Alegre – que o fez dizer que já teve “tarefas bem mais fáceis na vida” do que falar de seguida ao histórico socialista -, Medina sublinhou que “o que marca sermos Partido Socialista é darmos as respostas concretas às necessidades concretas dos portugueses”.
“À campanha dos casos e dos insultos, nós responderemos com respostas aos problemas dos portugueses”, assegurou Fernando Medina.
Porque é que a direita o faz? “Porque não tem rigorosamente nada a dizer de bom para melhorar os salários, para melhorar o emprego, para aumentar a nossa capacidade de crescimento, para proteger o nosso Estado Social, para fazer o nosso país avançar”, explicou.
Contudo, a explicação do ex-presidente da autarquia de Lisboa tem um senão. “A direita tem” algo a dizer, “mas não o quer dizer em público antes das eleições”.
Sem surpresas, Fernando Medina considera que “os últimos anos de governo foram um dos maiores períodos de progresso” em Portugal. “Boas políticas deram bons resultados”, garantiu, apontando uma convergência com a União Europeia, os números do emprego, os saldos orçamentais positivos e “a dívida a cair”.
O ministro das Finanças não duvida que o PS venceu “a ideologia da direita”, que determinava a “austeridade, menos Estado Social e desvalorização dos salários”.
“A verdade é que o que este período significa acima de tudo é a derrota do que foram as políticas e a ideologia da direita, que se afirmaram no nosso país ao longo das últimas décadas”, atirou.
Para Medina, o caminho que tem sido percorrido “é o futuro”. E “só mesmo o PS” pode fazer “melhor do que o PS”, disse, citando o discurso de António Costa no primeiro dia do 24.º Congresso Nacional do PS.