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24.º Congresso Nacional do PS

CDS fala em "geringonça mais perigosa e extremada". IL sublinha o que ficou ausente do discurso de PNS

07 jan, 2024 - 16:30 • Manuela Pires , Beatriz Pereira com Lusa

CDS mostra-se convicto de uma viragem à direita. Já a Iniciativa Liberal diz que o discurso de Pedro Nuno Santos pareceu que o antigo governante "não tinha qualquer responsabilidade na situação do país".

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Além dos partidos da esquerda, também a Iniciativa Liberal e o CDS reagiram às propostas do Partido Socialista, apresentadas este domingo por Pedro Nuno Santos, no discurso final do 24.º Congresso Nacional do PS.

O líder parlamentar da Iniciativa Liberal (IL), Rodrigo Saraiva, considerou que em grande parte do discurso de Pedro Nuno Santos pareceu que o antigo governante "não tinha qualquer responsabilidade na situação do país".

"Mas os portugueses sabem que Pedro Nuno Santos foi governante nos últimos oito anos e tem muita responsabilidade. E o mais importante desta intervenção final de Pedro Nuno Santos é o que não foi dito", salientou o liberal, apontando que não foi abordada uma "verdadeira baixa fiscal" do IRS ou IRC, uma resposta ao estado atual do SNS ou uma palavra sobre Defesa e segurança no contexto internacional atual.

"É necessário fazer reformas sérias e o PS não faz porque é um partido imobilista. Dia 10 de março abre-se uma nova janela de oportunidade. Os portugueses têm que ter esperança que é preciso algo diferente", apelou.

Sobre a "única medida sobre habitação, que foi pelouro de Pedro Nuno Santos como ministro", Rodrigo Saraiva diz que o novo líder do PS "apresenta uma espécie de congelamento de rendas encapotado".

O líder parlamentar da IL afirma também que "não houve uma única palavra sobre defesa e segurança quando mundo enfrenta aquilo de hoje em dia", havendo "zero palavras sobre o papel de Portugal da NATO".

"É muito mais importante aquilo que não foi dito", aponta.

No dia em que vai ser assinado o acordo de coligação da Aliança Democrática (AD), entre PSD, CDS-PP e PPM, no Porto, o dirigente centrista José Manuel Rodrigues mostrou-se convicto de uma viragem à direita.

"Julgo que os portugueses fecharão este ciclo político e abrirão um outro em que terão uma aposta na AD, numa aliança que permita ter um projeto para o país, com mais ambição, com mais crescimento económico e com mais coesão social", considerou.

Para o dirigente do CDS-PP, "é inacreditável que o PS queira fazer crer aos portugueses que não foi governo nos últimos oito anos e que Pedro Nuno Santos não foi ministro do governo de António Costa".

José Manuel Rodrigues disse ainda que Pedro Nuno Santos quer apagar o passado e fazer um novo entendimento com os partidos de esquerda.

"Entraram em confronto com diversos poderes do nosso estado de direito. São os responsáveis pela degradação dos serviços públicos, de educação e de saúde", disse. "Aquilo este PS têm para oferecer é apagar o passado e oferecer de novo uma geringonça mais perigosa, extremada e radical".

O centrista acusou ainda o PS de ter entrado em confronto com o Presidente da República, ao "desacreditar as instituições democráticas".

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