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PCP defende aumentos salariais na saúde

08 jan, 2024 - 10:01 • Lusa

Objetivo é promover o regresso de profissionais à esfera do Serviço Nacional de Saúde. .

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O secretário-geral do PCP anunciou esta segunda-feira, que vai apresentar "em breve" propostas para aumentos salariais dos profissionais do setor da saúde no sentido de promover o seu "regresso" ao Serviço Nacional de Saúde.

"Vamos avançar com a majoração salarial de 50% com 25% de reconhecimento do tempo de serviço. São medidas que não resolvem tudo, mas incentivam o retorno dos médicos ao Serviço Nacional de Saúde, assim como dos enfermeiros", disse Paulo Raimundo, durante uma visita à Unidade de Saúde Familiar (USF) da Alta de Lisboa.

"É preciso criar condições para se fixarem os profissionais para que se possam responder aos problemas dos utentes (...) a partir destas ideias centrais: valorizá-los, respeitá-los e criando condições de trabalho e incentivos para que voltem ao Serviço Nacional de Saúde", adiantou o secretário-geral do PCP.

No local, mais de cinquenta pessoas mantinham-se na fila na rua desde as 05:00 expostas a baixas temperaturas, aguardando a abertura da unidade de saúde para a marcação de consultas e atendimento que só começa às 08:00.

De acordo com o PCP, a USF da Alta de Lisboa dispõe de "quatro médicos para trinta mil utentes". .

Paulo Raimundo ouviu as queixas dos utentes e reiterou que a situação no setor é "grave" e acrescentou que, neste momento e tendo em conta as eleições legislativas de março, "não vale a pena" fazer "conjunturas" ou cenários de "alta pressão, média pressão ou de pequena pressão" porque, frisou, "é preciso abrir caminhos concretos para resolver o problema das pessoas".

"Se alguém disser que vai resolver o problema de um dia para o outro está a mentir ou então estamos neste espírito de promessas que chovem todos os dias. Não é possível resolver as coisas de um dia para o outro, mas é possível abrir um caminho", disse.

Questionado sobre os discursos domingo de Pedro Nuno Santos e de Luís Montenegro sobre a saúde, Paulo Raimundo disse que o novo líder do PS e o dirigente do PSD têm "responsabilidades" nesta matéria e que notou - em ambos - "peso de consciência". .

Para Paulo Raimundo, a atual situação do setor da saúde é o resultado de um "processo longo e profundo" cujo objetivo é desmantelar o SNS.

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  • Anastácio José Marti
    08 jan, 2024 Lisboa 13:30
    Recordo o PCP que os Médicos e os Enfermeiros já têm os seus sindicatos para os defenderem, e que por isso não precisam que o PCP os defenda, pois ao fazê-lo particularmente, está a deixar milhares de outros trabalhadores excluídas dessa pretensão. Serão estas alguma vez as formas de defenderem quem trabalha ou apenas parte dos que o fazem? É assim que respeitam e outros fazem respeitar o Princípio da Igualdade de Tratamento propondo o aumento que propõem sem exigirem igual aumento para todos os outros trabalhadores? Será que o poder de compra apenas aumentou para os Médicos senhores e senhoras do PCP? que dirão os Assistentes Operacionais e os Assistentes Técnicos, alguns igualmente com o seu curso superior tal como os Médicos, mas que continuam a auferirem menos de metade daqueles para poderem sobreviver? Está desta forma a cavar a sepultura de um partido politico que ao invés os seus dirigentes passados, apenas se digna defender classes de trabalhadores e não os trabalhadores no seu todo e depois queixam-se da votação que têm e que continuarão a ter se não mudarem de estratégia.

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