14 jan, 2024 - 20:20 • Isabel Pacheco
Depois de piscar o olho aos pensionistas com a promessa de aumento das reformas, o Chega fala aos professores e coloca o limite de quatro anos para a recuperação do tempo de serviço da carreira.
A meta foi apontada, este domingo, por André Ventura durante o encerramento da convenção do partido em Viana do Castelo.
“É um compromisso e este é claro e vale ouro ao contrário de Pedro Nuno Santos”, começou por atirar Ventura. “É que em quatro anos o Chega recuperará o tempo de serviço destes professores”, apontou.
Do Ensino para a Saúde: o líder do Chega defendeu o regresso das Parcerias Público-Privadas e uma “regra vinculativa de um tempo máximo para atendimento de consultas e atos cirúrgicos no SNS”.
“A nossa regra é simples: Quando o Estado não conseguir cumprir o tempo máximo, que o faça no privado ou no social e nós pagaremos a quem tem que lá ir", referiu..
As ideias foram lançadas durante o discurso de encerramento da convenção do Chega em que o presidente do partido de extrema-direita voltou a erguer uma das bandeiras: O combate à corrupção.
“O Chega proporá na Assembleia da República que todos os políticos condenados por corrupção fiquem impedidos para sempre de exercer cargos públicos no nosso país”, anunciou.
O tema da imigração também não ficou de fora das promessas. O político de direita disse que, caso o Chega seja governo, vai “reverter a extinção do SEF e a lei da nacionalidade” para que “ninguém possa entrar, estar ou ser português sem saber falar a língua e conhecer a cultura portuguesa”.
Durante o discurso de mais de quarenta minutos, o único alvo de críticas de André Ventura foi Pedro Nuno Santos. O secretário-geral do PS foi mencionado várias vezes. Uma delas para retribuir a acusação de que o Chega anda a mentir aos portugueses.
“A mentira e a manipulação não cabem neste Congresso, mas caem que nem uma luva em si [Pedro Nuno Santos] e no Partido Socialista”, respondeu Ventura.
Do PSD apenas a referência a um partido do “politicamente correto” e uma frase de Francisco Sá Carneiro. O partido de Luís Montenegro saiu poupado das críticas do líder do Chega que, a menos de dois meses das legislativas, prometeu muito e explicou pouco.