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Rui Tavares: “O melhor caminho para este país é menos Passos Coelho e mais Passos Manuel"

27 jan, 2024 - 15:05 • Henrique Cunha

O porta-voz do Livre quer que, depois das eleições, a esquerda se entenda através de “um acordo escrito que seja escrutinado”.

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O porta-voz do Livre pediu, este sábado, uma união da esquerda, mas lembrando a essa mesma esquerda que “o país que temos, integrado na União Europeia, não é inimigo do país que queremos”.

No seu discurso no XIII Congresso do partido, Tavares fez questão de defender “Um acordo assinado” depois de 10 de março que afaste a direita e em particular “a extrema-direita, racista, populista e xenófoba”.

"O melhor caminho para este país é menos Passos Coelho e mais Passos Manuel”, enfatizou, mais adiante.

Para Rui Tavares, a 10 de Março a “escolha está entre uma maioria de progresso" e “uma direita cada vez radicalizada a ser devorada por uma extrema-direita, numa crise profunda”.

O porta-voz do Livre quer que, depois das eleições, a esquerda se entenda através de “um acordo escrito que seja escrutinado”

Numa intervenção de cerca de 20 minutos, Rui Tavares disse ter a expectativa de o Livre conseguir "uma representação parlamentar acrescida”.

Rui Tavares antecipou um "caminho estreito" para o partido até às legislativas de março e sublinhou que "não é preciso inventar a roda" para insistir num acordo pós-eleitoral à esquerda.

O responsável lembrou práticas europeias onde “três, quatro ou cinco partidos se entendem para formar governo”. Ou seja, “a partir de dia 10 de março o caminho é o das melhores práticas europeia”. Contudo, Tavares quer garantias e pede “um acordo assinado que seja um acordo escrutinado para uma prática política fiscalizada, um contrato com o futuro”, porque é necessário "reconquistar a harmonia social e laboral”.

"O caminho pode ser estreito e é estreito até dia 10 de março porque nesse caminho temos que ser capazes de dizer às pessoas que a escolha está entre uma maioria de progresso, que tenha um contrato social reformado. Ou então temos uma direita cada vez mais radicalizada, numa crise profunda, que precisa de tempo para ser resolvida", considerou.

Dez anos depois do congresso fundador, o Livre regressou ao Porto e à Biblioteca Almeida Garret para realizar o seu Congresso, situação que permitiu a Rui Tavares usar os seus conhecimentos de História para falar de Garrett.

Sem surpresa, o momento em que Tavares arrancou mais aplausos foi quando citou Garrett, que um dia perguntou “afinal, de quantos pobres se faz um rico”. E também quando disse que “o melhor caminho para este país é menos Passos Coelho e mais Passos Manuel”.

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