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Marcelo veta lei da autodeterminação de género nas escolas e decreto do nome neutro

29 jan, 2024 - 17:35 • Lusa

Decreto sobre a autodeterminação da identidade e expressão de género nas escolas "não respeita suficientemente o papel dos pais, encarregados de educação", argumenta o Presidente da República.

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O Presidente da República vetou os decretos do parlamento sobre escolha de nome próprio neutro e sobre as medidas a adotar pelas escolas para a implementação da lei que estabelece a autodeterminação da identidade e expressão de género. Estes dois vetos foram anunciados, esta segunda-feira, através de uma nota no site da Presidência da República. Marcelo Rebelo de Sousa vetou a alteração do regime de atribuição do nome próprio "considerando que o decreto não garante um equilíbrio no respeito do essencial princípio da liberdade das pessoas".

Quanto ao decreto sobre a autodeterminação da identidade e expressão de género, o Presidente considera que "não respeita suficientemente o papel dos pais, encarregados de educação, representantes legais e associações por eles formadas, nem clarifica as diferentes situações em função das idades".

O Presidente da República devolve este diploma ao Parlamento para que a futura Assembleia da República "pondere introduzir mais realismo numa matéria em que de pouco vale afirmar princípios que se chocam, pelo seu geometrismo abstrato, com pessoas, famílias, escolas em vez de as conquistarem para a sua causa, numa escola que tem hoje em Portugal uma natureza cada vez mais multicultural".

Relativamente ao chamado "nome neutro", Marcelo defende que "é legítimo como escolha dos progenitores", mas que "não deve impedir a opção por nome não neutro se for essa a vontade de quem teve essa decisão".

O chefe de Estado critica também esse decreto por "permitir que uma pessoa, que decida mudar de género, possa fazer registar unilateralmente essa alteração em assentos de casamento dessa pessoa ou de nascimento de filhos, nomeadamente menores, sem que a pessoa com quem foi ou é casada seja consultada ou sequer informada, tal como sem que o outro progenitor ou o filho maior se possam pronunciar ou ser informados".

Comentários
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  • João A. Lopes
    29 jan, 2024 Porto 18:25
    Concordo: « Marcelo veta decreto do nome neutro»
  • David
    29 jan, 2024 Sesimbra 18:21
    Aleluia, uma decisão acertada depois de anos de tiros ao lado. Como pai não podia esperar outra coisa, porque a autodeterminação tem limites numa sociedade que se quer normalizada e funcional. É o princípio básico do Universo a funcionar no cérebro de um político, não é comum nos dias que correm.

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