30 jan, 2024 - 16:29 • Lusa
O líder do PS, Pedro Nuno Santos, congratulou-se esta terça-feira com o crescimento da economia portuguesa em 2023 e atribuiu méritos aos governos de António Costa, sublinhando as diferenças entre socialistas e direita na resposta às crises.
Pedro Nuno Santos realçou que Portugal "está a crescer acima de qualquer outro país" da União Europeia, o que prova que "as políticas que têm sido tomadas ao longo dos anos são políticas boas que promovem o crescimento económico".
"Este crescimento económico deve-se a todos os portugueses, às empresas e aos trabalhadores", mas "deve-se também ao trabalho dos governos e aos governos liderados por António Costa", afirmou, em Madrid, após um encontro com o secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez.
Pedro Nuno Santos defendeu que os dados do crescimento económico conhecidos esta terça-feira mostram que é possível "ter confiança no país e no futuro de Portugal" desde que seja "o Partido Socialista a liderar um governo", sublinhado as diferenças entre a resposta da direita (os anteriores governos do PSD/CDS) à crise financeira, "com cortes nos salários, com cortes nas pensões, com aumento dos impostos", e a forma como o PS "lida com as crises".
Nos últimos três meses do ano, a economia portugue(...)
"A nossa preocupação em garantir a estabilidade, a previsibilidade, a segurança da vida das pessoas, da vida dos portugueses, de quem trabalha, das empresas, foi testada na forma como nós lidamos com a pandemia e com a crise inflacionista", defendeu, antes de acrescentar que, porém, o futuro "é de grande incerteza" e de pedir aos eleitores para não caírem "na tentação de se refugiarem" em projetos populistas como o do Chega, que além de não apresentarem "soluções realistas", têm "um discurso que explora o ódio".
Segundo Pedro Nuno Santos, o PS apresenta-se às eleições de 10 de março com a consciência de que "há uma parte dos portugueses que estão zangados" e assumindo que nem todas as respostas dadas pelos governos socialistas "foram boas ou suficientes", mas também realçando que, "ainda assim, é o Partido Socialista que está melhor preparado, que tem mais experiência, tem soluções credíveis".
Defendendo que o PSD só conseguirá governar Portugal com uma aliança com o Chega, "mesmo que ela seja hoje rejeitada pelo líder do PSD", Luís Montenegro, o secretário-geral do PS disse que a ascensão da extrema-direita é "motivo de grande preocupação" e defendeu que "só há um partido em Portugal que pode travar o avanço de projetos populistas ou de extrema-direita", o PS.
Segundo disse aos jornalistas, o avanço da extrema-direita em toda a Europa foi um dos assuntos que esteve na agenda do encontro que teve hoje com Pedro Sánchez.
"Notícias são muito positivas para Portugal e para(...)
"Há uma ameaça que preocupa os dois governos, a ameaça da extrema-direita, a ameaça do populismo que atravessa toda a Europa, também os nossos países, Portugal e Espanha", disse Pedro Nuno Santos, que considerou essencial que Lisboa e Madrid continuem a ter "governos progressistas" e "a trabalhar em conjunto na frente europeia".
O encontro desta terça-feira com Sánchez foi o primeiro a nível internacional de Pedro Nuno Santos desde que assumiu a liderança do PS, em dezembro passado.
Além do combate à extrema-direita e a articulação de posições na União Europeia, os lideres do PS e do PSOE abordaram dossiês bilaterais, como a gestão dos rios comuns ou as ligações ferroviárias.
"É muito importante que a relação que tem sido construída ao longo dos anos entre o governo português e o governo espanhol seja uma relação aprofundada", disse Pedro Nuno Santos, que realçou que há "muitos dossiês bilaterais" e que as duas economias estão integradas.
Depois de Madrid, na quarta-feira, o secretário-geral do PS terá em Bruxelas uma série de encontros com responsáveis do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia, assim como uma reunião com os eurodeputados do PS.