30 jan, 2024 - 17:28 • Manuela Pires
O PSD da Madeira rejeita a hipótese de eleições antecipadas e garante que tem condições para apresentar um novo governo e um novo orçamento regional. Esta manhã, em declarações à RTP Madeira, o presidente do conselho regional do PSD disse que a solução para a crise instalada no arquipélago passa por apresentar um novo governo, para não criar instabilidade na região.
“Nós temos a possibilidade de apresentar um governo e um orçamento e colocar a Madeira a funcionar, garantindo estabilidade para os próximos tempos”, referiu João Cunha e Silva, afirmando que a demissão de Miguel Albuquerque deve ter efeitos imediatos.
O social-democrata disse falar em nome do PSD e defendeu que a realização de eleições antecipadas só vai garantir instabilidade na região, num momento em há uma maioria parlamentar. “Havendo uma maioria parlamentar não creio que haja argumentos que justifiquem a dissolução do parlamento”, defendeu o presidente do conselho regional do PSD/Madeira que, segundo apurou a Renascença, marcou uma reunião para a próxima quinta-feira ao fim da tarde.
Seis dias depois de ter estalado a crise política, na sequência das buscas a figuras de topo do PSD/Madeira, há uma indefinição sobre o futuro. Miguel Albuquerque apresentou, na segunda-feira, a demissão ao representante da República - que a aceitou, mas sem efeitos imediatos.
Na Assembleia Legislativa já deu entrada a moção de censura do PS ao governo de Miguel Albuquerque, mas ainda não foi agendada. O debate do orçamento regional, previsto para a próxima semana, pode também já não se realizar: se a decisão política passar por um novo governo, este terá de apresentar um novo programa e um orçamento regional.
Nuno Morna é deputado da Iniciativa Liberal e, em declarações à Renascença, exigiu, esta tarde, uma clarificação urgente da situação acusando os partidos da maioria, PSD, CDS e PAN, de serem irresponsáveis.
“Exige-se que nas próximas horas se clarifique o que vai acontecer. Sou deputado e não sei se vou discutir orçamento, ou moção de censura, porque ninguém me sabe responder”, refere Nuno Morna. “Apenas vejo uma enorme preocupação dos protagonistas em salvar a pele, e devíamos estar a falar da governabilidade da Madeira e nada disso está a ser feito.”