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Eleições regionais nos Açores

Sondagem nos Açores. PS lidera e Chega é essencial para maioria de direita

30 jan, 2024 - 23:25 • João Pedro Quesado

A distribuição de deputados da sondagem da Universidade Católica admite que tanto esquerda como direita podem ter maiorias no parlamento açoriano. Uma maioria absoluta do PS é o cenário que mais apoio tem entre os inquiridos.

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O PS lidera as intenções de voto dos açorianos, mas pode vir a enfrentar uma maioria de direita na Assembleia Legislativa Regional dos Açores. Uma sondagem da Universidade Católica para a RTP e para o Público estima que o PS vai ter 39% dos votos, contra 36% da coligação PSD/CDS/PPM e 9% do Chega.

A sondagem do Centro de Estudos de Sondagens de Opinião (CESOP), da Universidade Católica de Lisboa, inquiriu 2.297 eleitores das ilhas Terceira e São Miguel, extrapolando as intenções de voto obtidas para as restantes ilhas dos Açores. Cada uma das nove ilhas do arquipélago é um círculo eleitoral, aos quais se junta um círculo regional de compensação.

Segundo essa extrapolação, o PS acumula 39% das intenções de voto dos açorianos, contra 36% da coligação PSD/CDS/PPM. Em 2020, o PS obteve 39,1% dos votos, enquanto a coligação PSD/CDS teve 33,7%, coligando-se depois com o deputado da Iniciativa Liberal e os dois deputados do Chega para atingir a maioria no parlamento.

A distribuição de deputados proposta pelo CESOP coloca o PS com um mínimo de 23 deputados e um máximo de 27. Já a coligação liderada pelo PSD está entre os 22 e os 26 deputados, numa Assembleia de 57 deputados.

A projeção coloca ainda o Chega entre três e cinco deputados, dá um máximo de dois ao Bloco de Esquerda e apenas um deputado à Iniciativa Liberal, um à CDU e outro para o PAN.

Ou seja, num cenário em que a coligação PSD/CDS/PPM soma 26 deputados, o Chega soma três e a Iniciativa Liberal soma um, passa a haver 30 deputados de direita na Assembleia Legislativa dos Açores - onde são precisos 29 para ter maioria absoluta.

A mesma sondagem aponta que esse cenário - um governo PSD/CDS/PPM em coligação com outros partidos - é apoiado apenas por 16% dos inquiridos, tal como um governo de coligação liderado pelo PS. O cenário pós-eleitoral que mais apoio tem, com 22% dos inquiridos a favor, é uma maioria absoluta do PS.

Uma maioria parlamentar de esquerda também é possível, caso o PS consiga eleger 27 deputados e o BE atinja os dois parlamentares. Se a CDU eleger um deputado, também a esquerda pode chegar aos 30 assentos.

Sem distribuição de indecisos, 31% das intenções de voto vão para o PS e 26% para a coligação PSD/CDS/PPM. O Chega tem 9%, o BE tem 2%, e IL, CDU e PAN acumulam cada 1% das intenções. Quanto ao Livre e aos Juntos pelo Povo, as intenções de voto são menores que 1%.

A sondagem a 2297 eleitores das ilhas Terceira e São Miguel, que acumulam mais de 181 mil eleitores inscritos dos 229 mil que podem votar nas eleições regionais nos Açores, foi realizada nos dias 27 e 28 de janeiro, e teve uma taxa de resposta de 56%.

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  • José Jerónimo Duarte
    31 jan, 2024 Oeiras 00:39
    Quanto mais força tiver a dita esquerda mais força terá a extrema direita e mais perto estaremos de 1975.

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