01 fev, 2024 - 21:04 • Manuela Pires , com redação
Uma semana depois do início da crise política, ainda não há uma solução clara para o governo regional da Madeira.
O conselho regional do PSD esteve reunido esta quinta-feira, mas não aprovou qualquer nome para suceder a Miguel Albuquerque, na presidência do governo da região autónoma.
O partido decidiu apresentar uma nova solução de governo. Em declarações aos jornalistas, Miguel Albuquerque anunciou que vai levar, na segunda-feira, ao representante da República esta proposta e que nesse dia abandona o governo regional.
“Com a minha demissão, a apresentação de um novo governo e uma nova maioria. Um novo governo com um novo programa de governo e um novo orçamento, para garantir a governabilidade da região e assegurar um hiato não muito longo que ponha em causa o funcionamento da região em termos económicos e sociais”, declarou Miguel Albuquerque.
Entrevista a Guilherme Silva
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Questionado pelos jornalistas sobre quando será conhecido o nome do seu sucessor, o presidente demissionário do governo regional remete anúncios para mais tarde.
“Tenho uma audiência com o senhor representante da República na segunda-feira e depois penso que resultará daí a auscultação dos partidos para os partidos apresentarem a solução”, afirmou.
Miguel Albuquerque defende que a maioria parlamentar que suporta o governo tem legitimidade para apoiar um novo executivo, evitando eleições antecipadas.
“O regime na Madeira é um regime parlamentar puro e, nesse sentido, temos condições neste momento para, com a minha demissão, [fazer] a apresentação de um novo Governo, com um novo programa de Governo e um novo Orçamento, no sentido de garantir a governabilidade da região e, sobretudo, assegurar não um hiato muito longo que ponha em causa o funcionamento da região”, disse.
Miguel Albuquerque falava aos jornalistas no final da reunião do conselho regional do PSD, que foi tenso e onde se escutaram críticas ao CDS e ao PAN, os dois parceiros que garantem a maioria parlamentar na Madeira.
O presidente do governo regional anunciou a demissão após ter sido constituído arguido num caso que investiga suspeitas de corrupção na Madeira. Três suspeitos foram detidos: o autarca do Funchal e dois empresários.