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Raimundo considera que dia de reflexão não é incompatível com atividade partidária

03 fev, 2024 - 16:51 • Lusa

Questionado sobre o protesto da extrema-direita que está agendado para este sábado, em Lisboa, o secretário-geral do PCP disse não querer "alimentar" o assunto.

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O secretário-geral do PCP defendeu este sábado que o dia de reflexão nos Açores não é incompatível com a atividade partidária como a que o PCP realizou em Viana do Castelo com os candidatos às eleições legislativas antecipadas.

"Acho que é de bom senso que não haja hoje, a pretexto da campanha para as legislativas ações, na região autónoma [dos Açores] onde está a decorrer o período de reflexão. Consideramos que isso não é incompatível com a atividade partidária", afirmou Paulo Raimundo.

A Comissão Nacional de eleições (CNE) considerou na sexta-feira que a apresentação do programa eleitoral da IL às eleições legislativas, agendada para este domingo, constitui "propaganda proibida pela lei", uma vez que decorre no dia de reflexão das eleições regionais dos Açores.

O líder comunista, que falava aos jornalistas no final de um almoço, em Viana do Castelo, com os candidatos da CDU às eleições legislativas antecipadas de 10 de março, acrescentou que "há bom senso generalizado dos partidos em respeitarem as normas democráticas e não terem nenhuma interferência [nas eleições] na região autónoma".

Questionado sobre o protesto da extrema-direita "contra a islamização da Europa" que está agendado para este sábado em Lisboa, Paulo Raimundo disse não querer "alimentar" o assunto.

"Não queria alimentar muito isso. Isto tem tido um alimento completamente despropositado. A revolução de Abril, a Constituição, os valores de Abril colocaram o fascismo onde ele deve estar e não há passeatas que alterem essa realidade", referiu.

No entender do dirigente comunista, a liberdade de expressão está consagrada na Constituição, "da mesma forma que consagra o impedimento à apologia do fascismo, do racismo e de tudo o que seja negativo".

"Liberdade de expressão sim senhor, mas no quadro constitucional", frisou.

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