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Com o setor social e o privado, a AD quer garantir médico de família para todos

07 fev, 2024 - 17:43 • Manuela Pires

Luis Montenegro visitou a Misericórdia de Setúbal onde o projeto Bata Branca garante médico de família a quem não tem resposta no SNS.

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A saúde foi um dos temas do primeiro debate televisivo para as legislativas de 10 de março e, no dia seguinte, Luís Montenegro quis mostrar que o sector social já trabalha em articulação com o Serviço Nacional de Saúde para preencher as “falhas” do SNS. Defendeu, aliás, que esse papel deve ser reforçado.

“Esta visita à Santa Casa da Misericórdia de Setúbal demonstra que o Serviço Nacional de Saúde, quando funciona de mãos dadas com o setor privado e com o setor social, como é aqui o caso, consegue resolver o problema das pessoas”, disse Luís Montenegro aos jornalistas, à margem daquela visita para conhecer melhor os contornos do projeto Bata Branca, uma parceria entre a Misericórdia e a ARS de Lisboa e Vale do Tejo, que permite cuidados de saúde primários a utentes sem médico de família.

“Esta instituição foi a primeira no país a implementar o projeto designado Bata Branca, no qual oferece atendimento diário a 123 utentes em medicina familiar, a pessoas que não têm atribuído médico de família”, referiu Luís Montenegro, considerando que se o projeto for espalhado pelo país pode dar resposta a quem não tem médico de família. O líder do PSD aproveitou o momento para voltar a referir a meta estabelecida pela AD de, até 2025, todos terem acesso a um médico de família.

“Até ao final de 2025, devemos espalhar este projeto por todo o país com a contratualização com o sector social em primeiro lugar. Eventualmente, até com os privados, se possa dar resposta a todos os portugueses”, referiu o líder do PSD.

Depois de visitar alguns equipamentos da Misericórdia em Setúbal, o líder do PSD quis mostrar que, por exemplo, a clínica que presta tratamentos de fisioterapia dá resposta a metade das necessidades do concelho. “Dá uma resposta de 50% das unidades hospitalares em Setúbal. Contrariamente ao que se diz, o SNS já só funciona com esta parceria e querer esconder isto, não querer assumir que este é o caminho correto, é uma hipocrisia completa”, assegurou o líder da Aliança Democrática que inclui PSD, CDS e PPM.

Ausência de Pedro Nuno Santos na rádio? “Tenho disponibilidade total”, diz Montenegro

Luís Montenegro começou o dia com uma viagem de barco desde o Cais do Sodré até Cacilhas, entrou num café, e ele próprio tirou os cafés para a comitiva, deixando claro que tem disponibilidade total para debater as ideias que tem para o país.

O último debate entre todos os candidatos às legislativas é na rádio e foram convidados também os líderes dos dois maiores partidos para um frente-a-frente, mas Pedro Nuno Santos recusou. Questionado pelos jornalistas, Luís Montenegro não criticou a recusa do secretário-geral do PS.

“Mais do que criticar essa postura, posso dizer qual é a minha, que é de esclarecimento total, estou aqui para dizer às pessoas o que quero fazer como líder de um governo”, frisou. “Todas as oportunidades são boas, mas cada um tem a sua estratégia”, concluiu o líder do PSD.

Montenegro não criticou o seu principal adversário, nem fez promessas eleitoralistas às forças de segurança. Questionado sobre as reivindicações da plataforma da PSP e da GNR, o líder do PSD disse que não é a quatro semanas de eleições, e sem negociação, que se devem assumir esses compromissos.

“O meu compromisso com as forças de segurança é muito forte: é iniciar, ato imediato à entrada em funções de Governo, iniciar um processo negocial com vista a fazer essa reparação”, voltou a dizer o líder do PSD que, a semana passada, esteve reunido com vários responsáveis da plataforma.

Questionado sobre se os protestos dos polícias já ultrapassaram o limite do aceitável, Montenegro pediu aos policias que garantam o “sentimento de segurança” e a autoridade do Estado.

“O que interessa não é a realização de um evento, por mais importante que seja, mas as forças de segurança devem ter consciência que são protagonistas da expressão de autoridade do Estado e têm de conciliar o seu direito a poderem manifestar-se e fazer o seu protesto com o respeito que todos os outros cidadãos devem ter para com essa autoridade e, sobretudo, preservando o sentimento de segurança”, disse o líder do PSD em declarações aos jornalistas em Cacilhas.

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