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​Marcelo. "Questão das eleições ficou bem esclarecida"

07 fev, 2024 - 17:16 • Daniela Espírito Santo

Presidente da República recorda que estamos com Governo de gestão e que há um "acordo das forças políticas" para atender às reivindicações das forças de segurança na próxima legislativa.

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Para o Presidente da República, as eleições não estão em causa. Marcelo Rebelo de Sousa quebrou esta quarta-feira o "silêncio de 12 dias" para fazer um "ponto da situação" ao país. Aos jornalistas, disse acreditar que não esteve nunca "em causa a realização de eleições". "Isso foi imediatamente esclarecido e tinha de ser esclarecido, porque não era bom para a luta das forças de segurança dar uma sensação de insegurança. Isso foi esclarecido e bem", assegura.

"Não tive dúvidas de que nunca ninguém poria em causa as eleições", assumiu. "A questão das eleições ficou bem esclarecida".

Marcelo acredita que "os processos reivindicativos neste período eleitoral" são naturais e estão a ser conduzidos "com uma preocupação de respeito pela legalidade" para dar "confiança e segurança aos portugueses". O Presidente da República admite que as forças de segurança "continuam a ter o apoio dos portugueses", porque os portugueses "perceberam que é uma situação que precisava de ser corrigida e sentiam segurança e confiança nas forças de segurança". "Sentiam e sentem", diz, não deixando, no entanto, de lançar um aviso: "Em cada momento é preciso que as forças de segurança, naquilo que são as suas ações de luta, vão encontrando formas que correspondam a esse sentimento de segurança dos portugueses", até porque "o apoio perde-se".

"Penso que é importante que, em cada passo que se dá, quem permanentemente está a prosseguir uma luta, que é justa, o faça tendo presente o apoio que não pode deixar de ter dos portugueses", diz Marcelo, recordando exemplos passados em que o sentimento coletivo se alterou com a mudança nas forças de luta, e até com o cansaço.

"Temos assistido, ao longo da nossa história democrática, a processos reivindicativos que, do princípio ao fim, mantem o apoio dos portugueses, mas outros que não... Começaram com apoio e depois, a partir de determinado momento, o apoio perde-se", ressalva.

O Presidente da República fez questão de explicar que "houve um acordo das forças políticas", que entendem ser "legítimo" o protesto das forças de segurança, e "urgente resolver esse problema". Relembra que a decisão terá de caber a um "futuro Governo" e que, qualquer que seja a sua composição, tal será atendido pois "não houve uma única força política que fosse contra e todas foram, de uma maneira ou outra, expressamente a favor" da "compensação correspondente nas forças de segurança" ainda não compensadas pelo risco que correm.

"Não tenho dúvidas que, daqui a dois, três, quatro meses, um Governo que saia [das eleições], uma das preocupações que terá como prioritária passará por corresponder àquilo que é uma legítima aspiração e correção ou compensação de uma desigualdade", admite Marcelo, que acredita que "o objetivo principal da plataforma foi atingido": sensibilizar os portugueses e os partidos para a sua causa.

O Presidente da República rejeita, portanto, a noção de que haja "um braço de ferro entre grupos reivindicativos e o Governo", relembrando que "estamos a viver um período transitório, com um Governo de gestão que está a terminar a sua atuação" e que, por isso, interessa é "olhar para os que poderão ser ministros no futuro".

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