10 fev, 2024 - 17:00 • Lusa com Redação
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Rui Rocha defendeu que é importante que se evitem maiorias absolutas nas próximas eleições. As declarações foram feitas no final da reunião do Conselho Nacional da Iniciativa Liberal, que teve este sábado, em Coimbra.
“Os portugueses têm bem a evidência do que é uma maioria absoluta e do péssimo funcionamento”, afirmou o líder dos liberais, acrescentando que “sobre maiorias absolutas o país já teve a sua dose para vários anos”.
Rui Rocha acusou ainda o PS de incompetência. “Já não falo da instabilidade que levou à queda de António Costa. Mas falo de demissões sucessivas no Governo. Uma das pessoas que se demitiu foi precisamente o candidato agora pelo PS, Pedro Nuno Santos. E, portanto, demissões sucessivas, serviços públicos arrasados. Incompetências, casos nunca explicados”, declarou aos jornalistas.
A solução, no entender do responsável pela IL, passa assim pelo próximo executivo governar em minoria. “A democracia nunca é um problema. É sempre uma solução. E a solução pode passar por soluções minoritárias que representem uma visão diferente do País. E que façam a mobilização do país para mudar, porque é isso a palavra certa para Portugal é mudar. Mais do mesmo já não pode ser”.
Antes de iniciar a reunião do Conselho Nacional, Rui Rocha tinha salientado que a comunicação da IL para as próximas eleições legislativas de 10 de março "é muito fundada nas visões estruturais para o país" e não de momento.
"Ao contrário de outros [partidos], não estamos na luta de conquista de votos pelo imediatismo, mas na conquista de votos pela transformação de Portugal, que é o nosso horizonte", sustentou Rui Rocha.
O dirigente enfatizou que a IL não está "no campeonato das promessas de atirar tudo a todos, mas no campeonato de mostrar aos portugueses como o país pode ser diferente e tão melhor".
Salientando que os liberais apostam em reformas estruturais que evitem a emigração dos jovens, os baixos salários e o mau funcionamento dos serviços públicos, Rui Rocha apontou, por exemplo a "visão estrutural" para o setor da saúde, baseada nas melhores soluções da Europa.
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"Temos uma visão estrutural para a saúde, porque entendemos que já não é possível fazer remendos no que temos atualmente, que está numa situação tão má, tão degradada, que temos mesmo de fazer uma reforma estrutural, para a qual desafio os portugueses a acompanhar as nossas propostas", desafiou.
A característica que marca a IL "é a visão completamente diferente dos outros partidos, que têm, todos, mais ou menos, uma visão estatista, de dependência do Estado, e nós queremos uma sociedade civil e iniciativa privada forte para libertar as pessoas e as empresas para trazerem crescimento económico para o país".
Para os liberais, a solução socialista não funciona em Portugal e o país tem de mudar de Governo, "mas também de país e, por isso, outras soluções estatistas, muitas vezes completamente fundadas na compra de votos, vazias e sem conteúdo, também não são solução para o país".
"Não estamos no campeonato das promessas de atirar tudo a todos, mas no campeonato de mostrar aos portugueses como o país pode ser diferente e tão melhor", sintetizou o deputado e presidente da IL.
Numa análise aos resultados eleitorais dos Açores, que vão ser hoje discutidos no Conselho Nacional, Rui Rocha salientou que a IL cresceu e "reforçou a identidade e a convicção de que a política se deve fazer com base em princípios, assumindo as decisões certas nos momentos certos".