11 fev, 2024 - 19:58 • Ricardo Vieira
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O secretário-geral do Partido Socialista (PS) apresentou este domingo o programa eleitoral às legislativas de 10 de março. Pedro Nuno Santos acusa a direita de pintar um "Portugal sombrio" e "dividido" e defende um país "no topo", com melhores condições de vida.
Na cerimónia realizada no Teatro Thalia, em Lisboa, Pedro Nuno Santos admitiu que o Governo do PS não fez tudo bem nos últimos oito anos, mas tem orgulho no caminho percorrido e rejeita cenários "sombrios" sobre Portugal.
"Mudança significa avançar. Mudar não é destruir. Tenho orgulho no legado, vou defendê-lo até ao fim, mas queremos apontar ao futuro", declarou.
Pedro Nuno Santos defende que Portugal precisa de ideias, mas também "de as concretizar, de ação", para concretizar os sonhos.
"Queremos Portugal no topo, já não queremos na média, queremos Portugal lá em cima", afirmou o líder socialista e candidato a primeiro-ministro, que começou a sua intervenção com uma piada sobre o silêncio do adversário social-democrata, Luís Montenegro, durante o debate da última noite, na RTP, quando foi questionado se viabilizada um governo minoritário do PS.
O líder socialista não quer um "Portugal dividido, com ódio contra os outros" e "sombrio": "Esse é o projeto da direita inteira com várias tonalidades. Quero um Portugal com luz", atirou.
"Queremos Portugal no topo, já não queremos na méd(...)
Pedro Nuno Santos alerta que "o Serviço Nacional de Saúde (SNS) "está em risco nesta campanha", porque a direita quer desinvestir e "desviar recurso para o setor privado". O líder socialista rejeita ideia de "colapso do SNS", que contraria com o aumento do número de cirurgias, consultas e atendimentos nas urgências, em relação a 2015.
Num discurso repleto de críticas à direita, Pedro Nuno Santos disse que "até para vencerem o Festival da Canção eles defende baixa de impostos" e deixou uma palavra às gerações mais velhas, a quem o país "deve o máximo respeito". Disse que o líder do PSD, Luís Montenegro mentiu ao dizer que o PS cortou mil milhões nas reformas.
"Os governos do PS não cortaram nem um cêntimo nas pensões", assegurou o antigo ministro, que defende a necessidade de uma melhoria no complemento social para idosos.
Pedro Nuno Santos disse que o ministro das Finanças com que trabalhou "melhor foi com Fernando Medina". O governante tinha discursado minutos antes na apresentação do programa do PS.
Fernando Medina defendeu que o programa do PSD "é um embuste" e, em contrapartida, o documento do PS é "realista" e assenta numa "política de previsibilidade, sem sobressaltos e de verdade". "É isto que assegurará a melhora das condições de vida para todos", salientou Fernando Medina, que apresentou o cenário macro-económico.
Alexandra Leitão coordenou a preparação do programa eleitoral do PS. Na sua intervenção, a ex-ministro afirmou que dois dos objetivos centrais do documento são o reforço das instituições democráticas para combater os extremismos e defender um Estado social moderno em alternativa à privatização da saúde.
Conheça as medidas inscritas no programa eleitoral do PS às legislativas de 10 de março (consulte o documento em versão PDF).