Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Ex-CEO da TAP acusa Medina de chantagem, ministro afirma que declarações são "falsas"

13 fev, 2024 - 17:20 • Lusa

Christine Ourmières-Widener, em entrevista à CNN na segunda-feira, afirmou que o ministro das Finanças lhe garantiu que não fez "nada de mal, mas tinha" de despedi-la "por motivos políticos".

A+ / A-

A ex-presidente executiva da TAP Christine Ourmières-Widener acusou o ministro das Finanças, Fernando Medina, de chantagem e de a despedir por motivos políticos, declarações contrariadas esta terça-feira pelo governante, que as classifica de "falsas e lamentáveis".

Christine Ourmières-Widener, em entrevista à CNN na segunda-feira, afirmou que o ministro das Finanças lhe garantiu que não fez "nada de mal, mas tinha" de despedi-la "por motivos políticos".

"Aconselhou-me veemente a demitir-me pela minha reputação. Chamo a isso chantagem e estar a ameaçar-me e foi o que ele fez", disse a antiga CEO da companhia, acrescentando que Fernando Medina lhe terá dito "que podia receber um bónus e que esse bónus seria discutido" depois de Ourmières-Widener apresentar a demissão.

Em declarações enviadas à Lusa, Fernando Medina refuta as declarações da gestora.

"As afirmações da ex-CEO relativamente aos motivos e procedimento do seu despedimento são falsas e lamentáveis", afirma o responsável pela pasta das Finanças.

"Todos os esclarecimentos foram por mim prestados em sede de Comissão Parlamentar de Inquérito e sê-lo-ão, se necessário, de novo, em sede da ação judicial atualmente em curso", acrescenta.

A ex-CEO da TAP, em entrevista à CNN, considerou que a resposta da TAP à ação que moveu contra a companhia está "cheia de mentiras, ataques e insultos".

"Estão a tentar destruir a minha reputação, o meu passado. Dizem todo o tipo de coisas a meu respeito que não são verdade, que não tive nada que ver com o sucesso da empresa e com os resultados positivos", disse.

Questionada sobre se haverá hipóteses de um acordo amigável, Ourmières-Widener disse acreditar "que as pessoas razoáveis podiam ter a oportunidade de ter uma conversa adequada".

"Vamos ver. Não sei. Mas espero que este processo tenha um fim e que tenha o fim correto", acrescentou.

A TAP acusou Christine Ourmières-Widener de violar o regime de exclusividade a que estava obrigada na companhia aérea, por ter acumulado vários cargos noutras empresas, sem informar ou obter autorização.

A ex-CEO da TAP foi exonerada por justa causa, em abril de 2023, no seguimento da polémica indemnização de meio milhão de euros à antiga administradora Alexandra Reis, que levou à demissão do então ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e do seu secretário de Estado Hugo Mendes, e à constituição de uma comissão parlamentar de inquérito à gestão da companhia aérea.

Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • ze
    13 fev, 2024 aldeia 23:23
    Quando este caso chegar a tribunal, vão-se saber muitas verdades escondidas deste governo com maioria absoluta......

Destaques V+