17 fev, 2024 - 18:53 • Lusa
O BE Madeira considerou este sábado lógica a decisão do representante da República de manter em funções o atual Governo Regional, de gestão, e considerou que o chefe de Estado não tem outra solução que não seja a convocação de eleições.
"Perante o cenário de eleições antecipadas, que nós defendemos, seria lógico que o Governo se mantivesse em funções até ser substituído por um novo governo eleito. Corroboramos a decisão tomada pelo senhor representante da República, porque achamos que há de facto necessidade de eleições antecipadas para haver legitimação política de um Governo que irá gerir os destinos da Madeira nos próximos quatro anos", afirmou a coordenadora regional do Bloco de Esquerda, Dina Letra, em declarações à agência Lusa.
O representante da República na Madeira, Ireneu Barreto, anunciou este que vai manter o Governo Regional (PSD/CDS-PP), de gestão, em funções, até o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, decidir se dissolve a Assembleia Legislativa, o que só poderá ocorrer depois de 24 de março.
A decisão de Ireneu Barreto foi anunciada três semanas depois de o líder do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, se ter demitido após ter sido constituído arguido no âmbito de um processo em que são investigadas suspeitas de corrupção na região, o que levou à queda do seu executivo, de coligação PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN.
Crise política na Madeira
Ireneu Barreto, o representante da República para (...)
A coordenadora do BE Madeira, que tem um deputado no parlamento regional, lembrou que tinha defendido junto do representante da República a necessidade de eleições antecipadas, tendo em conta que a "legitimidade política" do atual executivo está em causa, devido a "todos os indícios e investigações" em curso dentro do próprio Governo Regional.
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Os três arguidos foram libertados na quarta-feira com termo de identidade e residência, três semanas após as detenções.