17 fev, 2024 - 13:33 • Diogo Camilo e Lusa
O líder da coligação da Aliança Democrática (AD), Luís Montenegro, apontou este sábado que "nunca foi tão importante" votar como nas legislativas deste ano, referindo que está em causa o futuro "não dos próximos quatro anos", mas das próximas duas ou três décadas.
"Esta decisão do dia 10 março é importante para os próximos quatro anos. Mas é também muito importante para os próximos 20 ou 30. Ou damos um murro na mesa, marcamos uma mudança, segura, tranquila e ambiciosa, ou então só podemos esperar o agravamento do resultado das políticas do Partido Socialista”, afirmou o presidente do PSD.
Em declarações durante a apresentação da lista de candidatos da AD ao distrito de Aveiro, em Espinho, Montenegro diz não ter dúvidas de que os portugueses ficam admirados com o desfecho no caso da Madeira, mas aponta que não é a quente, nem a três semanas de eleições, que se mexe no direito penal e criminal e considerou que o tempo de detenção no caso da Madeira foi excessivo.
"Não é a quente, com casos concretos em cima, nem é a quente a três semanas das eleições legislativas que se mexe na arquitetura do direito penal português, do direito criminal português", defendeu esta manhã Luís Montenegro em declarações aos jornalistas.
Em Espinho, o líder social-democrata disse ser sua responsabilidade estar disponível "para uma reflexão e para um debate alargados no pós-eleições para melhorar alguns aspetos que são menos positivos".
Escusando-se a abordar o caso concreto da Madeira - que culminou com a libertação, após 21 dias de detenção, do ex-presidente da Câmara do Funchal Pedro Calado e os empresários da construção civil Avelino Farinha e Custódio Correia - Luís Montenegro assume, contudo, que o tempo de detenção neste processo foi excessivo, ultrapassando os princípios da lei.
"Eu não quero falar do caso em concreto, mas não há dúvida nenhuma de que qualquer português fica admirado de um processo ter esta sequência e, depois, um tempo detenção que é excessivo, que não tem respaldo naquilo que são os princípios da lei", declarou.