23 fev, 2024 - 21:06 • Carlos Calaveiras , João Pedro Quesado Redação
No início do debate entre partidos com assento parlamentar, em direto na RTP, um ativista climático invadiu o estúdio durante alguns segundos. A ação foi reivindicada pelo grupo Climáximo.
As imagens televisivas mostraram um jovem a invadir o palco onde decorre o debate. O jovem, identificado pelo Climáximo como "apoiante", foi retirado por um assistente da RTP.
Pouco depois continuaram a ouvir-se gritos e foram atirados balões de tinta contra os vidros do estúdio improvisado na Nova SBE.
Em comunicado, o grupo Climáximo declarou que os apoiantes proclamaram que "travar a crise climática não está na mesa de voto, está nas mãos das pessoas", e que "pintaram os vidros por detrás dos candidatos".
Segundo o grupo, o protesto pretendeu "interromper a normalidade dos debates eleitorais que ignoram a crise climática e cujos planos levam-nos rumo ao colapso climático: escassez de água para as pessoas, quebras na agricultura e produção de comida, mortes devido a ondas de calor insuportáveis, desalojamentos por causa de incêndios mortíferos".
António Assunção, porta-voz do movimento, afirmou que "Portugal precisa de cortar, no mínimo, 75% das suas emissões até 2030" e que "nenhum partido apresenta um plano compatível com os limites da natureza".
"Não implementar estes cortes é garantir o colapso climático e civilizacional. É colocar o interesse das empresas e dos acionistas acima da vida e das necessidades das pessoas. A democracia não é uma cerimónia. Os termos em que estas eleições estão a ser disputadas são uma perversão da democracia. É preciso acionar os alarmes de emergência e agir", declarou o movimento.
[notícia atualizada às 22h02]