26 fev, 2024 - 12:45 • João Malheiro
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O debate da Rádio desta segunda-feira colocou em discussão vários temas como a Pobreza, a Justiça e a Defesa.
Às vezes com visões opostas, outras altura com convergências, PS, AD, BE, CDU, IL, Livre e PAN (o Chega faltou) deram as suas respetivas visões para o país no derradeiro debate eleitoral das Legislativas 2024.
Confira as frases que marcaram o debate.
O debate começou por abordar a Pobreza e e o reconhecimento de Pedro Nuno Santos do falhanço em combater a Pobreza foi das primeiras ideias a surgir da discussão. A sustentabilidade da Segurança Social rapidamente tornou-se ponto de discussão. A proposta da Iniciativa Liberal de privatização parcial da Segurança Social foi criticada à Esquerda. De resto, todos os partidos defenderam a importância de assegurar a sustentabilidade da Segurança Social. O único partido que disse que vai manter o modelo de financiamento atual foi Luís Montenegro, apontando para a necessidade de um estudo antes de tomar mais medidas.
A crítica de Luís Montenegro à atuação do Ministério Público surgiu num momento de maior consenso entre PS e PSD para estabelecer acordos na Justiça. Pedro Nuno Santos diz que "não há poder acima do escrutínio, da crítica e da reforma", um ideia que o líder da AD também subscreveu. No entanto, ao contrário do PS, Montenegro não acredita que "haja um problema do ponto de vista legal e da hierarquia" no Ministério Público.
Rui Rocha também não disse que não a um pacto na Justiça, "desde que não mantenha tudo igual". De resto, o líder dos liberais foi o único que questionou a instrução, defendendo que é preciso alterar esta fase. Luís Montenegro discordou desta ideia e realçou que na Madeira houve "desproporção" de meios para o caso. Já o PCP também desvalorizou as grandes questões da Justiça, que não farão a diferença se a Justiça não se "aproximar das pessoas".
Foi assim que Pedro Nuno Santos justificou a recusa em comprometer-se com a viabilização de um Orçamento do Estado da AD, ainda antes de o conhecer. O líder do PS diz que tem respeito pelo Presidente da República, mas não podia aceitar uma imposição de viabilização de um documento "que ainda não foi apresentado". Já Luís Montenegro voltou a recusar responder a qualquer cenário de governabilidade, apenas acreditando numa vitória da AD nas eleições, com maioria que possa ser apoiada pela Iniciativa Liberal.
À Esquerda, houve clara disponibilidade para um acordo de governabilidade. PS e Bloco de Esquerda defenderam que os acordos fossem feitos por escrito, enquanto Paulo Raimundo disse que tal não seria necessário. O PAN não se colocou de parte de uma maioria de Esquerda, contudo também deixou claro que poderia ajudar a Direita a governar.
Na questão da Defesa, todos os países demonstraram-se unânimes na necessidade de reforçar a Defesa. A maioria também realçou a importância de valorizar a carreira militar, especialmente a CDU que alertou para um "descontentamento latente" dos militares. Questionado sobre o direito à greve das forças armadas, numa altura em que associações do setor admitem protestos nas ruas, Paulo Raimundo quis serenar os ânimos e garantir que confia nos militares.