Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

PAN: mais alojamento e acesso a médico de família para universitários

26 fev, 2024 - 19:06

Inês Sousa Real afirma que existem "17 mil necessidades" de alojamento estudantil e que é preciso "mais oferta pública" e "incentivos aos senhorios".

A+ / A-

A porta-voz do PAN defendeu esta segunda-feira, em Faro, que o alojamento estudantil e o acesso a médico de família devem ser garantidos para os mais de 130 mil alunos universitários deslocados.

"O alojamento estudantil tem de ser uma prioridade. Precisamos de ter mais oferta pública e também que o próprio Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ajude precisamente a aumentar o número de camas disponíveis", disse Inês de Sousa Real durante uma visita ao Algarve, integrada na campanha para as eleições legislativas de 10 de março.

Frisando que, a nível nacional, estão "assinaladas 17 mil necessidades" em relação a alojamento estudantil, a dirigente considerou ser preciso "ir mais longe" nesta matéria, estimando que existam mais de 130 mil alunos universitários deslocados em todo o país.

Inês de Sousa Real lembrou que o turismo e a sazonalidade em determinadas regiões do país, como no Algarve, não promovem a estabilidade dos jovens alunos deslocados, muitas vezes forçados a abandonar as suas residências temporárias.

Para ultrapassar esse problema e garantir "alojamento estável" aos estudantes, é preciso "mais oferta pública" e "incentivos aos senhorios", nomeadamente com benefícios fiscais, defendeu.

"O Estado deve garantir programas de apoio aos estudantes e incentivos aos senhorios para aderirem a programas de alojamento que possam ter boas práticas, que não passem por forçar os alunos a, quando chega a altura do verão, terem de desmanchar todos os seus quartos ou sair do local onde se encontram, em vez de estarem focados nos seus estudos", acrescentou.

A porta-voz do partido Pessoas-Animais-Natureza apontou como outra preocupação o acesso à saúde por parte dos estudantes deslocados, designadamente nos cuidados primários.

Sousa Real considerou "fundamental" garantir que, a partir do momento em que os estudantes estão inscritos numa universidade longe da sua área de residência, tenham acesso a um médico de família "alocado a esse estabelecimento de ensino".

Na visita ao Algarve, Inês de Sousa Real abordou ainda a questão da seca e da falta de água, exigindo a promoção de boas práticas ao nível do combate à perda e ao desperdício de água, da reflorestação e da promoção da regeneração dos solos.

"Não vai ser nem rezando nem esperando que o São Pedro dê uma contribuição do ponto de vista da meteorologia que vamos conseguir reter a água", ironizou.

A dirigente do PAN criticou o Ministério do Ambiente por ter recentemente imposto cortes ao volume de água consumido pelo setor agrícola na região, sem fazer a distinção entre "o produtor da laranja ou quem tem métodos tradicionais" e os produtores do intensivo de abacate e outros produtos, "que de alguma forma não têm boas práticas nem respeito pelos solos", referiu.

Após a declaração da situação de alerta devido à seca no Algarve, em janeiro, foram introduzidas várias medidas de contingência, como a redução de 25% do volume de água consumido pelo setor agrícola.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+