29 fev, 2024 - 00:05 • João Pedro Quesado
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Já não há empate técnico na Sondagem das Sondagens para as eleições legislativas. Depois de um mês em que as margens de erro da AD e do PS estiveram sempre sobrepostas, a sondagem da Universidade Católica publicada esta quarta-feira solidificou o afastamento entre a Aliança Democrática (AD) e o Partido Socialista no agregador da Renascença.
Com a nova sondagem, o modelo estatístico da Renascença estima que a coligação entre PSD, CDS e PPM teria 31,1% dos votos se as eleições fossem hoje. Já os socialistas, liderados por Pedro Nuno Santos, ficariam com 27,6%.
A atual estimativa da Sondagem das Sondagens reflete uma tendência dos inquéritos publicados em 2024. Entre as 13 sondagens publicadas desde o início do ano, nove dão a liderança à AD de Luís Montenegro. Sete dessas sondagens foram publicadas em fevereiro.
Em fevereiro, foram publicados oito estudos de opinião sobre as legislativas de 10 de março. A única sondagem do mês que atribuiu mais intenções de voto ao PS que à AD foi a sondagem da Aximage, publicada no dia 19.
Ao dia 29 de fevereiro, a estimativa da Sondagem das Sondagens atribui à AD um valor mínimo de 29,6% de intenções de voto e um valor máximo de 32,6%. Para o PS, os valores possíveis estão entre os 26,2% e os 29,1% das intenções de voto.
A margem de erro apresentada no agregador da Renascença aumenta a cada dia em que não existe uma nova sondagem. O mais recente inquérito da Universidade Católica surge na Sondagem das Sondagens a 24 de fevereiro. O trabalho de campo foi realizado entre 22 e 26 de fevereiro. Já a segunda vaga da sondagem diária da Duplimétrica para a TVI e CNN Portugal foi inserida com a data de 25 de fevereiro, por ter trabalho de campo nos dias 24, 25 e 26 de fevereiro.
Além da AD, o partido que mais cresceu na Sondagem das Sondagens em fevereiro foi o Livre, fundado por Rui Tavares - que também é o cabeça de lista por Lisboa.
O partido saiu de janeiro com uma estimativa de 2% das intenções de voto. Em fevereiro, todas as sondagens colocaram o partido acima dessa fasquia - as mais recentes colocam o Livre nos 3%, e a distribuição proporcional dos indecisos que a Sondagem das Sondagens faz para cada inquérito puseram o partido perto dos 4%.
O crescimento do Livre acontece desde o fim de fevereiro, e decorre ao mesmo tempo que a CDU e o PAN perderam gás, apesar de tanto a coligação entre comunistas e verdes ter recuperado algum terreno na última semana.
Com intenções de voto a rondar os 5%, a Iniciativa Liberal e o Bloco de Esquerda tinham chegado a fevereiro separadas por uma décima. Mas o partido de Rui Rocha recuperou algum espaço, e está a duas décimas dos 6%. Já o BE perdeu 1 ponto percentual num mês.
O Chega permanece totalmente isolado no terceiro lugar. Apesar disso, está oito décimas abaixo dos 18,9% com que começou fevereiro.