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Legislativas 2024

​“Não tenho médico de família.” “Já somos dois”, responde líder do PCP

29 fev, 2024 - 13:39 • Cristina Nascimento

CDU à escuta de problemas numa arruada em Queluz. Paulo Raimundo levou meia hora para andar meio quilómetro.

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Paulo Raimundo na arruada em Queluz

A rua estava movimentada ou não fossem 10h00 em Queluz, onde moram quase 80 mil pessoas, cidade junto a Lisboa.

Paulo Raimundo entra de loja em loja, fala à direita e à esquerda e há uma senhora que o interpela. “Posso dizer uma coisa? Não tenho médico de família.” “Já somos dois”, responde de imediato o líder do PCP.

Mais adiante, outra senhora, comovida, conta que ficou recentemente viúva e não está a conseguir obter a pensão de viuvez a que diz ter direito. Raimundo chama uma pessoa da comitiva para ficar com o contacto da senhora e promete que vai tentar ajudar.

Mais meia dúzia de passos e outro desabafo: “Trabalho há 28 anos na mesma empresa, recebo o ordenado mínimo.”

Ouvindo cada história, também parou para tomar café, o líder da CDU, cabeça de lista por Lisboa, levou meia hora a fazer um percurso de cerca de meio quilómetro.

Volta e meia fala aos jornalistas, destacando que estes – os problemas dos portugueses – são os temas que importam discutir na campanha.

Aproveita também para criticar uma das notícias do dia – sete unidades locais de saúde vão deixar de fazer cirurgias ao cancro da mama. “É um retrocesso brutal”, acrescentando que “contrasta com o que foi dito pelo secretário-geral do PS”.

“Isto não pode continuar assim”, remata.

Comentários
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  • Anastácio José Marti
    29 fev, 2024 Lisboa 14:46
    Mais importante do que promessas são os atos. Foi ou não o PCP que fez parte de um Governo cujo seu Primeiro Ministro várias vezes afirmou em nome de Portugal que todos os portugueses iriam ter Médico de Família e que ninguém ficaria para trás? Motivo suficiente para pelo menos serem corresponsáveis com a presente situação que em nada melhorou durante os 4 anos que lá estiveram e não souberam exigir do Governo o respeito pelas promessas feitas. Foi ou não foi o PCP que andou a exigir que todo o português com 40 anos de descontos se pudesse aposentar sem penalização? Onde está a lei que permita essa situação? Alguém a viu? De boas intenções está o Inferno cheio mas continua a ter muito espaço para lá suportar quem apenas conhece os portugueses quando do seu voto necessita. Foi ou não foi o PCP com as suas inércias, inoperâncias, passividades, incompetências e irresponsabilidades que permitiu que o Governo estivesse 14 meses para regulamentar a Lei Nº 5/2022, quando esta lhes impôs um prazo de 6 meses para ser regulamentada? Como podem os portugueses acreditar em quem assim se comporta?

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