01 mar, 2024 - 08:00 • Susana Madureira Martins
Com uma semana praticamente completa de campanha, o líder socialista não se vê totalmente em apuros e consegue ver nas sondagens o copo meio cheio e diz que, até ver, a esquerda tem mais do que a AD e a Iniciativa Liberal.
É um balão de oxigénio que Pedro Nuno Santos tenta encontrar para si próprio e para o partido a pouco mais de uma semana das eleições.
A frente de esquerda começa, contudo, a deslaçar exatamente a meio da campanha, na sequência de declarações do dirigente do Livre, Rui Tavares, que abre a porta a manter o diálogo com a "direita democrática".
O troco da coordenadora bloquista Mariana Mortágua não se fez esperar, mas Pedro Nuno Santos manteve um silêncio total sobre a lebre levantada por Rui Tavares.
O PS "está bem" vai afirmando o secretário-geral do partido, que dispensa qualquer necessidade de uma "viragem" na estratégia da campanha.
A partir deste sábado é previsível que a campanha comece a ganhar músculo e nomes de peso. No fim-de-semana, a caravana sobe para o Norte do país, terreno confortável para o PS que move multidões. Na segunda-feira desce para Lisboa e para a península de Setúbal.
Nota-se, no entanto, a falta de pesos pesados na campanha socialista, desde logo do ex-secretário-geral António Costa, com presença prometida, mas ainda sem data.
É certo que Francisco Assis e José Luís Carneiro estiveram presentes no arranque da volta socialista, em Braga e no Porto, mas faltam ministros, atuais e antigos. Ou o presidente do Parlamento, Augusto Santos Silva, por exemplo.