Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Eleições Legislativas 2024

Pedro Nuno Santos acusa cabeça de lista da AD de "negação climática"

01 mar, 2024 - 14:02 • Susana Madureira Martins , Diogo Camilo

Eduardo Oliveira e Sousa disse que "sempre houve fenómenos extremos" e que "o planeta tem vida a própria", criticando que Portugal tem perdido investimento por "falsas razões climáticas". Líder do PS defende que a emergência climática é uma realidade.

A+ / A-

Pedro Nuno Santos acusou esta sexta-feira o cabeça de lista da AD por Santarém, Eduardo Oliveira e Sousa, de "negação climática", depois deste ter defendido em jantar-comício que "sempre existiram fenómenos extremos".

O líder do PS diz que este "já não é um caso isolado" e culpa Luís Montenegro por demarcar-se das declarações dos candidatos da sua coligação. "Temos um discurso divisionista no que diz respeito às migrações, temos depois o cabeça de lista por Santarém, apresentado como um grande especialista de agricultura, a fazer um discurso de negação climática. A emergência climática é uma realidade", afirmou, à margem de uma visita ao hospital da Cova da Beira, na Covilhã.

Para Pedro Nuno Santos, falar em milícias armadas na agricultura é "dividir o país".

"Não podemos continuar a ignorá-la [a emergência climática]. Ela atinge a agricultura, atinge os agricultores, os que sofrem com as alterações climáticas. Já se fala de milícias nos campos, nós precisamos de unir o país", contrapôs.

Na intervenção em Ourém, o o antigo presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) avisou que agricultores já falam em organizar milícias armadas perante "os roubos nos campos" e defendeu que "a floresta não é apenas um parque temático ou um armazém de carbono, é economia".

"Caros amigos, sempre houve fenómenos extremos, em 1945 o Tejo em Santarém atravessava-se a pé, nesse ano ocorreu um ciclone que derrubou uma mata em Salvaterra de Magos", afirmou, dando outros exemplos em que as notícias eram então "controladas pelo Estado central".

O cabeça de lista da AD por Santarém considerou que "o planeta tem vida a própria", admitindo que "as alterações em curso são diferentes e são mais recorrentes", e há que "deitar mão do conhecimento e dos meios técnicos" para diminuir os riscos.

O líder socialista respondeu também de uma assentada a Luís Montenegro e a Durão Barroso que acusou o líder do PS de ser o socialista mais esquerdista de sempre e sobre as acusações de o PS empobrecer o país, Pedro Nuno Santos recuou ao governo de Barroso.

"O líder da coligação faz um discurso sobre quem empobrece o povo português. Sobre isso terei a oportunidade de explicar quem é que, ao longo dos anos, começando em 2022, o ano em que Durão Barroso foi primeiro-ministro, para percebermos em que governos o povo ficou mais pobre, em que governo se conseguiu reduzir a pobreza.. Não podemos dividir portugueses", afirmou.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+