Para que não restem dúvidas, Rui Tavares repete que o Livre "é parte da solução à esquerda". Se houver um governo de direita ou de uma maioria de direita, o LIVRE é "parte da oposição, leal franca e honesta, mas vigorosa", sublinha o líder do partido.
O líder do Livre reitera que "não há nenhuma espécie de falsa questão" que possa criar mal entendidos. "Nunca cavalgámos descontextualizações para atacar outros partidos de esquerda", acrescenta. No entanto, Rui Tavares avisa que "roubar votos entre partidos à esquerda, não faz a esquerda crescer".
Posição do dirigente surge depois de ter dito, na véspera, que admitia dialogar com a direita, mas apenas sobre algumas áreas da democracia como a criação de um círculo de compensação nacional "que é algo que não pode ser feito com uma maioria simples ou uma maioria absoluta, tem de ser com uma maioria que transcenda apenas um dos campos da nossa política", sublinha o líder do LIVRE.
A manhã desta sexta-feira foi passada numa creche que tem implementada a semana de quatro dias. Acompanhado pela número dois do partido nas listas por Lisboa, Isabel Mendes Lopes, Rui Tavares quis mostrar que este projeto-piloto, numa área "na qual se dizia era mais difícil de implementar", é possível pôr em prática e com sucesso.
A experiência no "Centro Infantil Maria de Monserrate" arrancou em junho de 2023, conta com cerca de 20 funcionárias que cuidam de bebés e crianças até aos 3 anos.
Rui Tavares considera que "há um caminho a fazer" e deve-se testar a semana de quatro dias "de forma voluntária para trabalhadores e empresas", em 2026 e 2028, dois anos em que, "com os feriados que já temos, é possível ter um trimestre inteiro de semanas de quatro dias, sem mudar o 25 de abril e o 1º de maio, que é evidentemente muito importante do ponto de vista simbólico e político", explica o líder do LIVRE.