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Legislativas 2024

Ramalho Eanes. "A democracia tem sempre respostas" e o futuro "pode ser bom"

05 mar, 2024 - 21:30 • Lusa

O primeiro Presidente eleito em democracia manifestou-se, porém, "preocupado" com a quantidade de indecisos apontados pelas sondagens.

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O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes considerou esta terça-feira que a "democracia tem sempre respostas" e que o futuro, após as eleições do próximo domingo, "pode ser bom", esperando que quem está indeciso se decida e vote.

"A democracia tem sempre respostas, a democracia - que é naturalmente uma responsabilidade permanente de todos os cidadãos, de todos -- exige que todos os cidadãos participem, que todos os cidadãos votem e, se porventura for assim, as saídas existem , as estratégias definem-se e o futuro pode ser um bom futuro", afirmou aos jornalistas o antigo Chefe de Estado, quando questionado sobre que país pensa que "acordará" no dia seguinte ao das eleições.

Ramalho Eanes falava aos jornalistas à margem da cerimónia de entrega da primeira edição do prémio Álvaro Batista Gonçalves, atribuído ao professor de matemática Fernando Pena, na Fundação Champalimaud, em Lisboa, onde participou na qualidade de presidente do júri.

O general, que foi Presidente da República entre julho de 1976 e março de 1986 recusou-se a responder a perguntas sobre a campanha eleitoral que está a decorrer.

"Eu decidi não ter nesta campanha qualquer participação e resolvi não ter qualquer participação porque entendi que a minha participação neste caso não seria importante e poderia até causar alguma perturbação", explicou.

O primeiro Presidente eleito em democracia manifestou-se, porém, "preocupado" com a quantidade de indecisos apontados pelas sondagens.

"Não sei se temos uma abstenção grande em Portugal ainda, [mas], por acaso, estou preocupado, porque dizem os jornalistas - e eu acredito - que nesta altura haja muitos portugueses indecisos e eu espero que não fiquem indecisos e se abstenham, mas que decidam e votem", vincou.

Relativamente ao prémio, Ramalho Eanes considerou-o a prova de que "a matemática não é um "papão"", mas uma disciplina onde é possível obter sucessos, desde que os professores se empenhem e que "tenham, naturalmente, condições para se empenharem".

"Para eles, professores, os alunos são sempre o mais importante e é para eles que os professores trabalham. Obviamente, para que haja uma disponibilidade completa, tem de haver uma situação psicológica estável e é isso que não tem acontecido em Portugal e que eu espero que aconteça agora a seguir", apontou.

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

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  • Anastácio José Marti
    06 mar, 2024 Lisboa 08:47
    Não é verdade que a Democracia tenha sempre respostas para tudo pois se as tivesse, já teria respondido aos homicídios profissionais que se passam ainda hoje, 06/03/2024, no interior da Administração Pública e ainda não o fez, se é que algum dia o fará, já teria acabado com tantos milhares na pobreza como o país ainda hoje tem, já teria arranjado habitação para quem dela precisa e ainda não o fez, já teria posto fim aos sem abrigo e continua essa vergonha nacional por ser colmatada, já teria arranjado Médico de Família para quem não o tem, já teriam resolvido os processos judiciais que continuam há anos por serem despachados e sentenciados e não o fizeram, se é pela existência destas vergonhas nacionais sem resposta alguma da parte de quem a devia dar a que alguns denominam de Democracia, na minha modesta opinião será uma democracia fingida mas nunca uma democracia a sério, porque para o sê-lo, estes vergonhosos problemas sociais não existiam há tanto tempo por resolver, como o local para a construção do futuro aeroporto, no entanto, os que proclamam a este estado de coisas como democracia, sabem apenas e só pedirem o voto ao povo quando dele necessitam, não para resolverem nenhum destes e de outros problemas nacionais, mas sim fingirem que resolvem seja o que for. Até quando o povo aguentará estas posturas?

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