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Eleições Legislativas 2024

Ventura atira aos "esqueletos" do PSD que "não valem nada para os portugueses"

06 mar, 2024 - 01:05 • Tomás Anjinho Chagas , João Pedro Quesado com Lusa

O líder do Chega não desiste de falar em acordos com a AD e insinuar que a liderança do PSD vai mudar se isso não acontecer, mas continua os ataques. Voltou a declarar que vai pôr os "portugueses de bem" primeiro e enganou-se, dizendo que lhe pediram para salvar "Portugal da democracia".

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Apesar de estar constantemente a apelar a um acordo à direita, André Ventura afirma que o PSD não vale nada para os portugueses. No discurso do comício da noite de terça-feira, em Évora, o líder do Chega falou num desfile de esqueletos para se referir a ex presidentes do PSD que regressaram para a campanha.

"Luís Montenegro bem pode andar pelo país todo a dizer que é alternativa. Durão Barroso bem pode andar a dizer que votar no Chega não vai levar a lado nenhum. Cavaco Silva bem pode andar a dizer que votar no Chega não leva a lado nenhum. Santana Lopes bem pode andar a dizer que votar no Chega não leva a lado nenhum. Eles podem se juntar todos no mesmo saco, porque já não valem nada para os portugueses. Já não valem nada para Portugal", exclamou o presidente do partido de extrema-direita.

André Ventura disse que PS e PSD têm trazido "velhas glórias" e "múmias" para a campanha eleitoral, falando mesmo num "desfile de esqueletos", em que "a cada dia vem um esqueleto novo".

"O que os portugueses querem é futuro, não querem passado, porque esse passado não correu bem. Fez-nos cada vez mais pobres, cada vez mais afastados da média europeia, fez os jovens emigrar, os reformados empobrecerem", afirmou.

Afirmando que estão convencidos de que "conseguirão anular o crescimento do Chega", André Ventura mostrou-se convicto de que o Chega vai continuar a crescer "façam eles o que fizerem" porque "nasce da profunda insatisfação do povo português com o estado a que o país chegou e de que eles são os grandes responsáveis".

O presidente do Chega afirma que todos os partidos estão contra si, e apelou ao voto no partido, confiante de uma vitória nas legislativas de 10 de março para mudar o país e pôr "primeiro os portugueses de bem".

"Nós criámos um país à medida do provincianismo subsídio-dependente em Portugal, e o país que nós queremos criar pela primeira vez desde 25 de Abril de 1974 é o país em que os homens e mulheres que trabalharam, que trabalham, tenham um país decente para eles e não para os outros. Seremos nós primeiro pela primeira vez, os portugueses primeiro, os portugueses de bem primeiro pela primeira vez na nossa história", proclamou.

Foi neste comício que André Ventura cometeu aquela que pode ter sido a sua gaffe da campanha. O deputado enganou-se e disse que lhe pediram para salvar "Portugal da democracia", corrigindo depois para "socialismo".

"Esta enorme missão não pode ser vista com ânimo leve. Este "salve Portugal da democracia"... Do socialismo... Este "salve Portugal do socialismo" é um "salve Portugal" que vem do fundo porque mostra bem como o socialismo", continuou Ventura, antes de se interromper e dizer que o momento "vai passar em todo o lado".

"Em abono da verdade a nossa democracia precisa de muitas mudanças", disse de seguida.

Antes, o cabeça de lista por Évora, Rui Cristina fez um discurso no qual criticou "as elites", repetindo que "prometem, falam muito, pensam mal, fazem pouco e não decidem nada".

O candidato do Chega, que deixou o PSD em janeiro, considerou também que a "mudança só existe com André Ventura", e pediu que seja colocado na ordem do dia o tema do "tiro aos pombos".

Esta quarta-feira, a caravana do Chega segue para Beja e para o Algarve.

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