07 mar, 2024 - 20:03 • Cristina Nascimento
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Um Chiado cheio para assistir ao desfile da CDU. A chuva não atrapalhou e permitiu que Jerónimo de Sousa e Carlos Carvalhas e mais cerca de mil pessoas descessem a Rua Garrett e a Rua do Carmo, na baixa de Lisboa, atrás de Paulo Raimundo.
A meio do percurso, em breves declarações aos jornalistas, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, mostrou-se, mais uma vez, grato pela presença de tantos, em particular dos seus antecessores.
Na véspera da campanha terminar, Raimundo considera que “ainda há tempo” para construir o resultado das eleições legislativas de domingo, destacando “a força e o empenho” de quem seguia consigo.
No discurso, foi audível uma intensificação do apelo ao voto. Ao longo da campanha, por diversas vezes, o líder comunista tem afirmado que é necessário transformar a simpatia com que são recebidos em votos, mas nesta intervenção foi ainda mais explícito.
“São muitos aqueles que nos dizem ‘boa sorte’, ‘confiança’, ‘fazem falta’. É muito bom ouvir isso, mas agora é preciso dar o passo a seguir. Precisamos de boa sorte e do voto, precisamos de ânimo e do voto, precisamos da afirmação que fazemos falta e do voto”, apelou.
De seguida, Paulo Raimundo dirigiu-se àqueles que já votaram na CDU, mas que “por alguma razão deixaram de votar”, para lhes dizer que contam “com todos”.
“Sabendo que alguns deles podem não estar de acordo com tudo connosco, também sabemos que aquilo que nos une, os nossos objetivos, a luta por uma vida melhor, a luta pela consagração dos valores de abril, sabemos que essa luta é muito, muito, muito, muito mais forte do que este ou aquele assunto que nos separa”, acrescentou.