07 mar, 2024 - 15:32 • Susana Madureira Martins
Os indecisos, os falsos indecisos e essa "maioria invisível" que Pedro Nuno Santos diz que não aparece nas sondagens, que sucessivamente vão dando vantagem à Aliança Democrática (AD). Todos esses são votos que interessam ao líder socialista, como ficou claro numa arruada em Gondomar, que deveria ter acontecido na feira da cidade, mas foi desviada para o centro, na sequência do mau tempo. Ali, falou aos jornalistas, com o objetivo de convocar todos os que deram a maioria absoluta aos socialistas em 2022.
Pedro Nuno Santos garante que não se tem "sentido desanimado, não há nenhum desânimo" por causa das sucessivas sondagens que dão vantagem à AD e que "há uma grande maioria, uma maioria invisível sub-representada nas sondagens". É essa "maioria" que o líder socialista diz que quer "representar", para que "não seja prejudicada" por uma eventual mudança de governo, porque "o pior que podia acontecer era andar para trás".
Ou seja, já não é só a questão dos indecisos e do apelo ao voto aos que estão hesitantes. É o apelo a que quem deu o voto a António Costa em 2022 para que volte a confiar no PS e, sobretudo, num novo líder.
A mensagem da "maioria invisível" regressou no discurso no auditório municipal de Gondomar e, de novo, no almoço-comício no Marco de Canavezes, onde, numa sala apinhada, Pedro Nuno Santos falou para aqueles que votaram no PS em 2022, pedindo que voltem a fazê-lo.
Para que "não se dê um passo atrás", insiste o líder do PS é preciso uma "mudança boa". É a transição suave do legado de Costa para o novo ciclo do partido com um novo líder. Pedro Nuno Santos não o diz, mas, a leitura é que a "mudança boa" acontece por oposição ao que seria a "mudança má", ou seja, uma eventual vitória da AD.
Na reta final da campanha oficial, Pedro Nuno Santos faz o apelo da mobilização porta à porta: "Que cada um de nós, cada um de vós convença um indeciso, leve um indeciso a votar."
Se a mensagem resultar, se se conseguir "mobilizar os indecisos" e "quem votou" nos socialistas "no passado", se se mobilizar essa "maioria invisível", Pedro Nuno santos está convicto que "é o PS que vai ganhar as eleições". A tal "maioria do povo que não está nas televisões nem nas redes sociais", concluiu o socialista.