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Raimundo pede vigilância contra possíveis recuos nos direitos das mulheres

07 mar, 2024 - 17:37 • Lusa

O secretário-geral do PCP apontou como exemplo a questão da interrupção voluntária da gravidez que entrou na semana passada na campanha.

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O secretário-geral do PCP alertou esta quinta-feira para a necessidade de a sociedade se manter vigilante sobre possíveis retrocessos nos direitos das mulheres, apontando como exemplo a questão da interrupção voluntária da gravidez que entrou na semana passada na campanha.

"É preciso estarmos sempre alertas e atentos. A ideia que tenho é que as conquistas de Abril, em particular do que significou do ponto de vista teórico e prático no avanço dos direitos da mulher e da igualdade, estão muito vivas e enraizadas na nossa sociedade. Não é por acaso, e bem, que houve uma reação muito clara de que isto é para andar para a frente e não para trás. Estamos recordados daqueles dias em que houve aquele abrir de porta para andar para trás no que diz respeito à lei da interrupção voluntária da gravidez", afirmou.

Em declarações aos jornalistas à margem de uma visita da comitiva da CDU à exposição sobre a jornalista, escritora e lutadora pelos direitos cívicos e humanos Maria Lamas, na Gulbenkian, em Lisboa, Paulo Raimundo indicou que as vozes que se levantaram contra uma reabertura da discussão em referendo sobre essa matéria "é um sinal de que Abril está vivo".

"Mas, estando vivo e permanente na vida do povo - e das mulheres em particular -, temos de estar atentos, porque a ofensiva é muito grande, a pressão é muito grande. Todos os pretextos são pretextos para atacar a vida das mulheres, a vida de Abril e as suas conquistas. Com a certeza de que Abril está vivo, é preciso estarmos atentos e alerta. Que ninguém pense que os direitos estão consagrados para sempre", vincou.

Na véspera de mais um Dia Internacional da Mulher, que se assinala na sexta-feira, o líder comunista reiterou ainda que o exercício e a defesa dos direitos é necessário para assegurar a sua continuidade, cruzando essa postura com a atuação do PCP.

"São precisas as forças para obrigar a que sejam exercidos. Cá estamos nós, e outras pessoas naturalmente, prontos não só para a defesa, mas para um outro passo que é preciso dar: é preciso voltar a colocar Abril no trilho de cada um", considerou.

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