07 mar, 2024 - 02:50 • Vasco Bertrand Franco
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A Alternativa 21 não quer entrar no debate sobre cenários de governabilidade. O presidente do Aliança, Jorge Nuno de Sá, lembra a campanha de 2022 em que o partido esteve os 13 dias a falar sobre os possíveis cenários de coligações pós-eleitorais e, passados dois anos, nada mudou. Uma das bandeiras da coligação é reverter a lei da eutanásia.
“Os problemas são exatamente os mesmos. Agora, temos uma guerra na Europa, uma no Médio Oriente e vamos possivelmente ter uma na Ásia. Mas nos debates e na campanha fala-se em 'quem quer casar com a Carochinha'. É muito pouco”, afirma Jorge Nuno de Sá.
O cabeça de lista por Setúbal da Alternativa 21, que afirmou que o seu partido se encontra no centro político de centro-direita, considera que o Chega, de André Ventura, só faz barulho e grita, mas que em cinco anos de presença na Assembleia não conseguiu aprovar uma única medida.
Sobre a consagração do aborto na Constituição francesa, Jorge Nuno de Sá acredita ser um “retrocesso civilizacional” e encara o tema como “histórico, mas negativo”.
O cabeça de lista afirmou que se está a consagrar o direito de matar, e que este é o caminho errado. Disse também que neste momento o que se está a dizer é que a solução para as emergências hospitalares é a morte, relembrou os idosos que estão sozinhos e que a proposta de eutanásia, que se está a fazer, não é o acompanhamento, mas sim “o caminho do facilitismo e uma cultura de morte”.
Se a coligação conseguir eleger pelo menos um deputado, Jorge Nuno de Sá garantiu à Renascença que os primeiros passos a dar vão ser “reverter a lei da eutanásia tal como foi consagrada pela esquerda parlamentar e um pacote de valorização para as carreiras profissionais".
"Os funcionários públicos, os professores, os policias, os enfermeiros, os oficiais de justiça e muitos outros têm sido muito mal tratados ao longo dos anos”, remata Jorge Nuno de Sá.
As eleições legislativas estão marcadas para o próximo domingo, 10 de março.