08 mar, 2024 - 23:08 • Lusa
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O presidente da Iniciativa Liberal (IL) manifestou-se esta sexta-feira convicto que, na próxima segunda-feira, Portugal acordará com um novo ciclo político, alegando que o PS já não é capaz de travar a mudança.
"O que eu quero dizer aos portugueses é que, quando acordarmos na próxima segunda-feira de manhã, o ciclo político do país já terá mudado. O PS já não é capaz de travar a mudança na segunda-feira de manhã", disse Rui Rocha, no último comício da campanha da IL para as legislativas antecipadas de domingo, em Lisboa.
Após as eleições legislativas de domingo, o socialismo na governação do país será passado, repetiu, momento em que na sala se ouviu "Rocha, Rocha" e "Portugal a crescer".
"Aquilo que estamos a decidir é se mudamos o Governo e temos mais do mesmo ou se mudamos o Governo e mudamos o país a sério", insistiu.
Num discurso de cerca de 15 minutos, o presidente da IL dirigiu-se diretamente aos portugueses para dizer que "chegou o momento de assumirem as suas responsabilidades".
Rui Rocha lembrou que, dentro de um mês, celebram-se os 50 anos do 25 de Abril, que permitiu aos portugueses adquirirem o direito de votar em liberdade.
E acrescentou: "50 anos depois do 25 de Abril, a única maneira de honrar essa conquista é votar no país que queremos e não no país que os outros querem".
Só votando no país que cada eleitor quer para o futuro é que "se cumpre verdadeiramente a liberdade", salientou.
E, continuando a dirigir-se aos portugueses, Rui Rocha ressalvou que quer um país onde as pequenas empresas possam crescer, onde as grandes empresas portuguesas possam mesmo ser grandes empresas internacionais e um país de crescimento, de motivação e de ambição.
E atirou: "Vamos embora mudar isto", fazendo ecoar na sala "Oh, Portugal a crescer".
Apesar de idealizar este país, Rui Rocha lembrou que Portugal é o país dos profissionais liberais e dos trabalhadores independentes que arriscam ter uma atividade por conta própria num país que lhes é desfavorável, dos que estudam e trabalham ao mesmo tempo, dos que têm dois empregos porque um só não é suficiente.
E questionou: "O que diremos aos nossos filhos, aos nossos netos e aos jovens de Portugal se depois dessa mudança de ciclo político tudo ficar na mesma?".
"Eu quero dizer-vos que, como pai de dois filhos, eu não quero ter o peso na consciência de mudarmos de ciclo e tudo continuar na mesma. Eu não vou ter esse peso na consciência", concluiu.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.