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Legislativas 2024

Ventura quer "bastião Chega" de Setúbal até ao Algarve

08 mar, 2024 - 02:24 • Lusa

Líder do Chega quer que as eleições de domingo sejam "a vitória do país profundo sobre as elites, da vitória dos portugueses sobre aqueles que nos roubaram ao longo dos últimos 50 anos".

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O presidente do Chega afirmou esta quinta-feira que os territórios de Setúbal ao Algarve vão passar a ser "bastiões Chega" e disse querer que domingo fique na história como o dia da vitória "dos portugueses de bem sobre a bandidagem".

André Ventura discursava no final de um jantar/comício no concelho de Santiago do Cacém, distrito de Setúbal.

"Se um dia esta terra foi um bastião vermelho daqui até ao Algarve, há uma coisa que tenho a certeza que vai acontecer no dia 10 à noite. Independentemente do resultado final, uma coisa é certa e segura, de Setúbal até ao Algarve será bastião Chega a partir do dia 10 de março", afirmou.

"O Sul será todo nosso, e será o início de uma reconquista invertida" para "correr com socialistas e comunistas", acrescentou o líder do Chega.

André Ventura acusou os comunistas de "traírem aqueles que trabalham", e voltou ao ataque à "subsidiodependência", alegando que "hoje ganha-se mais sem trabalhar do que a trabalhar".

"Hoje somos nós o partido dos trabalhadores verdadeiramente", defendeu. Durante o período oficial de campanha, Ventura não teve nenhuma ação com trabalhadores.

O líder do Chega defendeu também que "nunca na história um partido esteve tão perto de derrubar a monarquia" de PS e PSD e reiterou que está confiante de que vai vencer as eleições. "Nunca estivemos tão perto, deixem-me substituir a palavra, de derrubar a tirania destes dois partidos", acrescentou.

Sustentando que "votar no PSD, votar no PS vai ser exatamente o mesmo", Ventura afirmou que "Montenegro não fará diferente de António Costa, Pedro Nuno Santos fará pior ainda do que António Costa" e, se se juntar "a isso a Mortágua e o Raimundo", ficará "ainda pior para Portugal".

"Depois do 25 de Abril, do 25 de Novembro, de datas tão importantes da nossa história, eu gostaria que o 10 de março ficasse para sempre na nossa história como a data definitiva, incontornável, absoluta da vitória dos portugueses de bem sobre a bandidagem, da vitória do país normal sobre o comunismo e sobre o socialismo, da vitória do país profundo sobre as elites, da vitória dos portugueses sobre aqueles que nos roubaram ao longo dos últimos 50 anos", afirmou.

André Ventura falou também dos retornados e ex-combatentes, acusando o antigo Presidente da República Mário Soares de ser "responsável por uma desgraça humana enorme que se abateu sobre o país" e apontou que "esta eleição é um ajuste de contas com a História". "Foram precisos 50 anos, mas o tempo chegou", salientou.

Aproveitando estar a poucos quilómetros de Sines, local escolhido para a construção do centro de dados (Data Center) relacionado com a Operação Influencer, que levou à demissão do primeiro-ministro e marcação destas eleições, o líder do Chega acusou os outros partidos de não falarem de corrupção.

"Apesar de termos um governo que caiu por alegadamente ter sido corrompido, manietado, condicionado, ninguém achou que este era um tema importante na campanha", lamentou, apontando que "só o Chega falou de corrupção".

Ventura acusou PS e PSD de representarem "o pior que o país teve nos últimos 50 anos".

O líder do Chega criticou ainda o PS por ter escolhido para encabeçar o círculo de Setúbal a ministra Ana Catarina Mendes e na mesma lista estar também o irmão e secretário de Estado António Mendonça Mendes, considerando ser um exemplo do "pior nepotismo que a política portuguesa produziu nos últimos anos".

No início do seu discurso, o presidente do Chega fez questão de deixar um elogio à cabeça de lista por Setúbal, afirmando que Rita Matias "é uma estrela, é o futuro" e "uma mais-valia enorme", além de "uma das figuras maiores do Chega".

A candidata e líder da juventude, que foi eleita deputada pelo círculo de Lisboa nas últimas legislativas, em 2022, também criticou a candidata do PS considerando que em "matéria de política pública não tem currículo, tem cadastro", dando como exemplos a juventude, imigração ou igualdade de género.

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