10 mar, 2024 - 19:56 • Lusa
O presidente do PSD saudou hoje o aparente aumento da participação nas legislativas e disse estar confiante e preparado para todos os cenários "desde a primeira à última hora".
Luís Montenegro chegou cerca das 18h30 ao hotel no centro de Lisboa onde a AD vai acompanhar a noite eleitoral e, questionado sobre os dados da participação nas eleições, considerou que parecem ser "um bom sinal".
"Se se confirmar que houve mais participação dos que nas últimas eleições é um bom sinal, sinal de que fomos todos suficientemente apelativos para que os portugueses pudessem sentir vontade de tomar uma decisão relevantíssima para os próximos anos", afirmou.
Questionado se está confiante e preparado para todos os cenários, respondeu: "Claro, desde a primeira hora e até à última", disse, acrescentando que não preparou ainda nenhum discurso. .
"Não preparei nenhum discurso, vamos aguardar o que os portugueses disseram nas urnas, não vale a pena antecipar cenários", afirmou.
Já à pergunta se estão são umas eleições de tudo ou nada para si e para o PSD, Montenegro respondeu negativamente.
"Não, são eleições importantes para o futuro do país, para que os portugueses possam ter oportunidades e uma vida com mais bem-estar", disse.
Questionado porque só hoje o PSD pediu à CNE um esclarecimento público relacionado com a semelhança de nomes no boletim de voto com o partido Alternativa Democrática Nacional (ADN), o líder do PSD disse que "foi hoje que as urnas abriram" e a coligação recebeu "relatos de muitas pessoas que se confundiram", dizendo não ter conhecimento da resposta da Comissão Nacional de Eleições.
A CNE afirmou que os nomes dos partidos e coligações não devem ser abordados nem discutidos em dia de eleições, "sob pena de tal questão poder consagrar uma violação da lei eleitoral".
À pergunta se tal não pode ser entendido como um apelo ao voto, o líder da coligação AD (que junta PSD, CDS-PP e PP), já não respondeu, entrando no elevador para acompanhar noutro local do hotel a noite eleitoral.
Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), podem votar 10.819.122 eleitores. No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais - 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e fora da Europa -, num ato eleitoral que terá um custo a rondar os 24 milhões de euros.
Concorrem a estas legislativas antecipadas 18 forças políticas, menos três do que nas eleições de 2019 e 2022.
Nas legislativas anteriores, em 30 de janeiro de 2022, a taxa de abstenção situou-se nos 48,54%, tendo-se verificado uma descida em relação às legislativas de 2019, nas quais a taxa de abstenção atingiu o número recorde de 51,43%.