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André Ventura desafia AD para "Governo de mudança"

11 mar, 2024 - 00:16 • Marta Pedreira Mixão

Líder do Chega salienta o crescimento eleitoral do partido nas legislativas deste domingo e decretou o fim do bipartidarismo em Portugal.

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O presidente do Chega reagiu aos resultados eleitorais destas legislativas, salientando que o partido “ultrapassou” um milhões de votos. André Ventura decretou o fim do bipartidarismo em Portugal e desafiou o PSD para a formação de um "Governo de direita".

"À hora a que falamos, não sabemos quem será o Governo de Portugal, mas sabemos que a história fez a sua escolha: o Chega ultrapassou historicamente um milhão de votos em Portugal", afirmou.

“Uma breve reação a quem está ainda com poucas palavras para esta noite, há uma coisa de que temos a certeza: ainda não sabemos como esta noite ficará conhecida na história de Portugal, mas há um dado de que temos a certeza: esta é a noite em que acabou o bipartidarismo em Portugal", disse ainda André Ventura.

O líder do Chega acusou ainda o Presidente da República de ter procurado condicionar o voto dos portugueses, aproveitando para atacar tanto a comunicação social como as sondagens.

"Esta é uma vitória que tem de ser ouvida em muitos locais deste país esta noite, tem de ser ouvida no Palácio de Belém, onde o Presidente da República procurou, à ultima hora, condicionar o voto dos portugueses, mas este bom povo português sabia o que queria e não se deixaria condicionar e disseram ao Palácio de Belém que quem escolhe o Governo em Portugal são os portugueses, não é mais ninguém", disse, deixando ainda uma mensagem dirigida às empresas de sondagens por, nas últimas semanas, terem atribuído uma descida das intenções de voto ao partido.

“O povo português hoje transmitiu uma mensagem poderosa ao coração da democracia, é que não quer passado nem desfiles de passado nem de esqueletos. Os portugueses querem futuro e votaram no único partido q lhes deu e garantiu esse futuro”, declarou André Ventura, numa alusão ao desfile de antigos líderes partidários que intervieram na campanha da AD.

"O país volta a não ser apenas de dois partidos", mencionou, destacando a votação no distrito de Faro, onde o Chega venceu. Ventura garante: "Só há um dado de crescimento destas eleições: o Chega quadruplicou o resultado".

O Chega tornou-se no quinto partido na história das eleições legislativas a vencer um círculo eleitoral. O partido liderado por André Ventura venceu o distrito de Faro, com 27,19% dos votos, mais do dobro dos 12,3% que tinha conseguido há dois anos.

Ventura afirma que Chega é "peça central"

O líder do Chega diz que “há um dado que salta à vista", o PS - que classifica como "o nosso grande adversário" - "perdeu” e afirma que o Chega e o PSD têm uma "maioria clara" e "a possibilidade de fazer um governo de mudança".

"Haverá neste parlamento, independentemente de quem vença, já definida uma maioria clara: essa maioria será entre o Chega e o PSD, não é o que queríamos, mas é o que o país tem neste momento. Só um líder e um partido muito irresponsável deixarão o Partido Socialista governar quando temos na nossa mão a possibilidade de fazer um governo de mudança", defendeu André Ventura, reiterando que "a vontade dos portugueses foi clara".

"A AD pediu maioria absoluta e ficou longe disso, o PS pediu maioria e ficou longe disso. O Chega pediu para se tornar na peça central do sistema politico e alcançou esse resultado em Portugal", disse.

"Encetaremos todo o esforço possível para ter um governo alternativo ao Partido Socialista nos próximos anos. Não podemos ter mais quatro anos de socialismo em Portugal e o povo pediu à direita para governar", destaca, acrescentando que o seu “mandato é para governar Portugal nos próximos quatro anos”.

André Ventura apontou ainda que o PCP perdeu um deputado em Beja, onde o Chega elegeu, sugerindo ainda que também foram "conquistando eleitorado de direita e centro-direita” e assume a possibilidade de vir "mesmo a vencer as eleições legislativas".

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