Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

António Capucho: "Quero acreditar que o líder do PSD e o líder do PS vão conseguir entender-se"

11 mar, 2024 - 12:43 • André Rodrigues , Olímpia Mairos

Ex-conselheiro de Estado não isenta Marcelo Rebelo de Sousa de responsabilidades no atual momento político.

A+ / A-

António Capucho, ex-conselheiro de Estado e antigo membro do Governo do Bloco Central, entende que “sem entendimentos ao centro, não há reformas estruturais”.

Em declarações à Renascença, António Capucho diz não ver razões para que Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos não se entendam em matérias essenciais para a governação.

“Eu defendo isso há muitos anos”, lembra, recordando que foi membro do Governo de Bloco Central.

“A questão é esta: só há reformas estruturais no país, quando o PS e o PSD se entenderem. Eu quero acreditar que quer o líder do PSD quer o líder do PS vão conseguir entender-se para matérias tão urgentes como a reforma da justiça, a reforma da saúde, a reforma da educação, da administração pública, a reforma das leis eleitorais”, aponta, insistindo que “não há nenhuma razão para não se entenderem sobre esta matéria”.

Na última noite, Pedro Nuno Santos garantiu que o PS não irá impedir a formação de um Governo minoritário da AD. Já sobre o Orçamento do Estado, o líder do PS nada disse.

António Capucho avisa que qualquer partido que inviabilize o Orçamento, poderá estar a oferecer uma maioria absoluta ao PSD.

“Se quiserem deitar abaixo, deitem. Quem, até hoje, deitou abaixo governos foi altamente penalizado na eleição seguinte. Portanto, a minha expetativa é que possa haver a abstenção de uma ou duas forças políticas da oposição que permitam o orçamento passar. Se isso não acontecer, paciência. É a responsabilidade é de quem derrubou o Governo”, avisa.

Já sobre o papel do Presidente da República, António Capucho não isenta Marcelo de responsabilidades no atual momento político. E defende a indigitação de Luís Montenegro, a bem da estabilidade.

“Eu concordo que, de facto, [o Presidente da República] pode ser responsabilizado pela situação atual. Mas isso não invalida que, neste momento, tenha facilidade em resolver a situação. Pura e simplesmente, tem de ouvir os partidos, chamar Luís Montenegro e indigitá-lo primeiro-ministro”, diz.

O ex-conselheiro de Estado e antigo ministro do Bloco Central adverte, ainda, que “o país não precisa para nada de novas eleições a seguir estas. A não ser a seguir ao período legislativo normal”.

Apesar da maioria absoluta de direita, as eleições legislativas deixam em aberto um cenário de incerteza quanto ao futuro político.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • xico
    11 mar, 2024 lixa 14:03
    Estes politicos de antigamente não querem ver que uma grande maioria quer mudar de politicos e de politicas em Portugal,tudo fazem para manterem os seus interesses num bloco central PS e PSD, isto está a mudar e vai mudar mais rápido que as inteligências deles.
  • Maria
    11 mar, 2024 Palmela 12:50
    A cmtv esta de parabens aproveitava os intervalos das eleicoes pra dar os resultados da bola!

Destaques V+