11 mar, 2024 - 02:33 • Cristina Nascimento , João Pedro Quesado (infografia)
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O resultado eleitoral da CDU esteve longe de ser o esperado pela coligação. A bancada parlamentar do PCP ficou, outra vez, quase reduzida a metade e o Partido Ecologista “Os Verdes” ficou, outra vez, de fora do hemiciclo.
Apesar dos números do escrutínio, na declaração final, o secretário-geral do PCP apareceu de semblante ligeiro. Paulo Raimundo reconheceu que o resultado alcançado foi um “desenvolvimento negativo”, mas foi lembrando que a prenuncia feita ao longo de campanha sobre o desaparecimento do PCP não se verificou.
Na hora de reconhecer um resultado penalizador, Raimundo destaca que é também “uma importante expressão de resistência”.
Enquanto o líder comunista falava, à sua frente, na primeira fila, estavam figuras da cúpula do PCP, estava também Heloísa Apolónia, que não conseguiu regressar ao Parlamento, e, na segunda fila, com uma presença discreta, o seu antecessor Jerónimo de Sousa, que, convidado pela Renascença a fazer uma apreciação dos resultados eleitorais, optou por dizer que não queria “fazer declarações paralelas”.
Desde o início da noite até depois das declarações de Raimundo, a sala manteve-se sempre composta com a presença de dezenas de apoiantes, muitos rostos jovens que foram acompanhando os resultados ora através dos telemóveis, ora através das três televisões ligadas.
Não houve grandes euforias, nem grandes desalentos, pelo menos visíveis a olho nu.
O PCP é um partido da resistência e, com a experiência acumulada na sua história, prepara-se para enfrentar uma legislatura de resistência.