22 mar, 2024 - 19:05 • Manuela Pires
O presidente da Assembleia da República foi esta tarde ao palácio de Belém despedir-se de Marcelo Rebelo de Sousa, num encontro a pedido de Augusto Santos Silva, que não foi eleito para uma nova legislatura.
A audiência que durou cerca e meia hora serviu essencialmente para as despedidas institucionais com o Presidente da República, com quem trabalhou ao longo destes dois anos.
“Foi uma despedida do Presidente da Assembleia da República que terminará funções, muito provavelmente, na próxima segunda-feira ao Presidente da República, com o qual o Presidente da Assembleia da República pôde cooperar e trabalhar com toda a simpatia”, disse Augusto Santos Silva aos jornalistas.
O ainda Presidente da Assembleia da República, que não foi eleito deputado no círculo de Fora da Europa nestas legislativas, recusa dar conselhos ao seu sucessor e recusa comentar o Parlamento com 50 deputados do Chega, referindo apenas que o Parlamento vai manter todas as suas competências e fiscalizar o Governo.
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“A Assembleia da República vai cumprir a sua missão institucional, as suas competências, quer do ponto de vista legislativo, quer do ponto de vista da fiscalização do Governo e vai ser o centro do debate político e democrático em Portugal”, referiu Santos Silva depois da audiência no Palácio de Belém.
Na próxima segunda-feira, Santos Silva preside ainda à conferência de líderes que vai preparar a décima sexta legislatura. Na terça-feira o presidente da assembleia regressa à faculdade de economia da Universidade do Porto onde é professor.
Santos Silva foi eleito presidente do parlamento em 29 de março de 2022, tendo estado à frente do Parlamento durante menos de dois anos.
Foi ainda ministro de seis governos socialistas, de António Guterres, António Costa e José Sócrates, em pastas tão diferentes como os Negócios Estrangeiros, Cultura, Educação, Defesa ou Assuntos Parlamentares.
Nas eleições de 10 de março não foi eleito pelo círculo de Fora da Europa, tornando-se no primeiro Presidente da Assembleia a falhar a reeleição de deputado.