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Marcelo e Costa em sintonia. "Não houve sempre acordo", mas "houve sempre solidariedade"

25 mar, 2024 - 14:38 • João Carlos Malta

Na despedida da convivência enquanto Presidente da República e primeiro-ministro, Marcelo deixou antever que pode não ser a última vez que os dois se encontram institucionalmente ao serviço de Portugal.

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O primeiro-ministro cessante, António Costa, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fizeram, esta segunda-feira, um balanço dos oito anos de coabitação de Belém com São Bento e ambos fizeram o mesmo diagnóstico: assumiram que nem sempre estiveram de acordo, mas sublinharam que houve sempre “cooperação institucional”.

Marcelo disse que a solidariedade institucional “funcionou ao longo dos oito anos, diferentes entre si, com três governos diferentes.”

As declarações foram feitas no final do último Conselho de Ministros do Governo do PS, e o segundo presidido por Marcelo Rebelo de Sousa, nos oito anos que que os socialistas estiveram no poder.

O primeiro, frisou o Presidente “com uma fórmula nunca experimentada”, o segundo com fórmula parecida e o terceiro com maioria absoluta. “Já tinha havido coabitações, mas em situações diferentes manter o mesmo patamar de solidariedade não é fácil”, afiançou.

“Quer dizer que houve sempre acordo? Não houve”, reconheceu.

“Mas houve sempre solidariedade institucional e até solidariedade nacional”, valorizou.

E recordou a época da pandemia em que António Costa o deixou fazer as declarações aos portugueses nas reuniões no Infarmed sobre a pandemia. “Isto é positivo porque é pedagógico. Deve ser assim, tanto quanto possível, o relacionamento, mesmo que tenham pontos de partida diferentes e divergências em momentos concretos”, declarou.

Antes, António Costa tinha também ele reconhecido que ele e Marcelo “nem sempre coincidimos”, mas valorizou uma fase da democracia portuguesa, em que no entender do primeiro-ministro cessante, “não houve outro período de tanta cooperação” e em que a relação tenha sido "tão fluída".

Mais tarde, Marcelo disse também que Marcelo a relação entre os dois permitiu “um clima de estabilidade quando o mundo e a Europa não estão estáveis”.

“Por isso, este Conselho de Ministros quis ser mais do que um gesto protocolar ou consideração pessoal, mas um exemplo de relacionamento institucional mesmo em condições muito difíceis”, salientou

No final, o Presidente quis fazer um exercício de futurologia. “Não quer dizer que seja a última vez que nos encontramos nestas encruzilhadas do serviço de Portugal”, antecipou.

“O mundo não acaba hoje, a vida não acaba hoje, e isto significa que um e outro estamos vivos e de plena saúde. Não há razão para não nos encontrarmos noutras encruzilhadas, a pensar em Portugal”, rematou.

Os temas abordados neste último Conselho de Ministros, segundo António Costa, foram alguns dos quais Marcelo fez bandeira. Fez-se uma avaliação da execução do PRR, tema a que Presidente “repetidas vezes” mostrou atenção.

Foram, neste contexto, aprovados três diplomas “indispensáveis” para o quinto pagamento, relativos à orgânica da Administração Pública e mercado de capitais.

Nestes enquadramento, foram ainda aprovados a reforma da propriedade rústica importante para prevenir incêndios, e a nova estratégia para a inclusão de pessoas sem abrigo 2025-2030.

Este foi o segundo Conselho de Ministros presidido pelo Presidente da República., Marcelo Rebelo de Sousa. A outra fora a 4 de Março de 2021, também a convite do primeiro-ministro, António Costa, para assinalar o final do primeiro mandato do chefe de Estado.

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  • Maria
    25 mar, 2024 Palmela 15:05
    Se ja tem os votos da emigracao" estao a espera de que pra formar governo? Estou desconfiada que ad nao tem pessoal!

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