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Estudantes acusam Montenegro de desvalorizar o Ensino Superior

29 mar, 2024 - 12:10 • Manuela Pires

O movimento estudantil está a preparar um caderno de encargos para ser entregue ao primeiro-ministro. O nome do Ministério nem sequer inclui as palavras ensino superior.

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Ainda antes de ser conhecida a orgânica do novo Governo, os estudantes já tinham avisado para esse perigo e assim que ficaram a saber que esta área vai ficar no Ministério da Educação, Ciência e Inovação, acusaram Luís Montenegro de desvalorizar o Ensino Superior.

“Demonstra um claro desrespeito pela importância e especificidades do ensino superior e da importância estratégica da ciência para o crescimento económico do país. Ao não atribuir um ministério próprio, o governo deixa claro que não reconhece a necessidade de políticas e investimentos específicos para promover a excelência e a valorização desta área em Portugal”, lê-se no comunicado enviado às redações assim que foi revelado o nome dos ministros do Executivo.

Os estudantes consideram que este superministério tem muitas matérias importantes e que a Educação vai ocupar tanto tempo ao novo ministro que vai ser difícil ter tempo para o ensino superior.

“Sabemos que as dificuldades que terá em lidar com os problemas do ensino básico e secundário, que vai ser difícil priorizar os desafios do superior”, diz João Pedro Pereira, em declarações à Renascença.

O presidente da Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico não fica convencido com o facto de o futuro ministro Fernando Alexandre ser professor universitário e não percebe a estratégia quando é criado um novo Ministério da Juventude.

“Sabemos, e muito bem, que foi criado um ministério da juventude, mas depois dizemos ao país que a formação dos jovens já não é a nossa prioridade”, refere João Pedro Pereira.

O movimento estudantil do Ensino Superior está a preparar um caderno de encargos com várias matérias que querem ver resolvidas, para entregar ao primeiro-ministro.

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