06 abr, 2024 - 21:06 • João Pedro Quesado
A maioria dos portugueses avalia positivamente a atitude do Partido Socialista no início da nova legislatura, ao viabilizar a eleição de José Pedro Aguiar-Branco como presidente da Assembleia da República depois de fazer um acordo com o PSD - que implica que o cargo passa para as mãos do PS se a legislatura ultrapassar os dois anos de duração.
De acordo com a mais recente sondagem da Aximage para a "TSF", o "Jornal de Notícias" e o "Diário de Notícias" - a primeira desde as eleições legislativas de 10 de março -, 59% dos inquiridos considera que o impasse na eleição foi negativo, e 51% avalia como positiva a atuação do PS. Mas apenas 39% veem a eleição de Aguiar-Branco como positiva, enquanto 37% não acha bom nem mau.
A avaliação positiva da opção do PS é maior entre os eleitores da esquerda, principalmente entre os socialistas (71%), mas também entre os votantes na AD (53%). Entre os eleitores do Chega, há mais avaliações negativas do que positivas - apenas 18%.
A eleição de Diogo Pacheco de Amorim como vice-presidente da AR também merece nota negativa de 49% dos inquiridos, enquanto 25% avalia positivamente.
A avaliação positiva de Marcelo Rebelo de Sousa atingiu os 32%, mas 39% dos inquiridos consideram o desempenho do Presidente da República "nem bom bem mau". A evolução face ao barómetro de dezembro é positiva, já que nessa altura, quando o Presidente da República estava a braços com o caso das gémeas e o tratamento privilegiado no Hospital de Santa Maria, as respostas negativas sobre o comportamento de Marcelo representavam 45% dos inquiridos.
São as mulheres e os eleitores da Aliança Democrática que melhor avaliam o Presidente, já que as respostas positivas do sexo feminino superam em 14 pontos as negativas - e o saldo positivo é de 37 pontos para os votantes da AD. Entre os homens, a avaliação é ligeiramente desfavorável (diferença de dois pontos), e os eleitores do PS, Chega, IL, BE, CDU e Livre fazem uma avaliação negativa.
Quanto à solução de governo sem apoio de uma maioria parlamentar, 58% dos inquiridos concordam com a decisão de indigitar Luís Montenegro como primeiro-ministro. 50% dos eleitores do Chega entendem que Marcelo devia ter pedido a Montenegro um acordo com André Ventura, e 37% dos socialistas dizem que o esforço devia ter sido no sentido de um "bloco central" - mas 49% dos que votaram PS estão satisfeitos com a solução adotada.
40% dos inquiridos da sondagem dizem que a atuação na crise do Governo e a convocar eleições foi "boa" - contra 36% que consideram "má" -, e 62% dos inquiridos querem que Marcelo Rebelo de Sousa.